Amore, ódio!
A adeus ontem ermo?
Onde está meu amor?
Essa angustia derivada do vazio que você deixou em meu peito me incomoda cada vez mais, preciso de alguém para amar, alguém com quem sonhar acordado ou não, mas a ignorância e o medo me impedem de elegê-la. Medo de que se repita o filme de minha vida, com decepções terríveis e sonhos rasgados por detalhes ignoráveis, ignorância por não chegar a conhecer mais ninguém tão a fundo para que possa me interessar, é medo de crescer, de seguir em frente, por tanto tempo sua imagem me acompanhou que eu me acostumei, e essa separação dói, sempre que te vejo ainda sinto uma ponta de esperança somada a um soco de realidade, ah! Como a realidade machuca.
É raiva, ódio, esse grito contido em meu peito me sufoca e me debilita, não consigo me expressar com toda minha vontade mais, ainda sofro por algo que já está sacramentado, algo que tenho o orgulho de ter resolvido abertamente e mesmo assim sofro, por quê? Porque tanta dificuldade? Quanto sofrimento, quantas lagrimas!
Seguirei em frente, é o natural, mas como o natural demora e incomoda, com tantas possibilidades esse sentimento insiste em permanecer inalterado, não quero mais, cansei, chega de tanta angustia, desisto dessa luta, mas de que adianta a cabeça pensar de um jeito e o coração de outro? Sempre que te vejo aquele momento único se repete, e basta um olhar seu, um sorriso simples, e todo esse desejo reprimido por minha razão toma conta de mim, eu espero, espero até nossa despedida então o sofrimento volta com força total, e é em um desses momentos que escrevo.
Amanha será diferente, procurarei um novo sonho, um novo amor e não olharei para trás!
Até que nos encontremos novamente...