À você,só você.

Não tem como negar,e agora é admitir ou escancarar,arranjei a mais suave.

Desde aquele primeiro encontro naquele dia de chuva,aquela noite fria bem incomum pra nós,teu beijo que até então me negava a receber conseguiu em um instante agoniante de medo e desejo sugar minha alma,minha vida,minha história,que até ali era pouca,minuscula.

Foram vários encontros você ardendo em desejos,e eu me negando a aceitar que morria de amores,alguém como você de um passado que eu mesma conhecia,e o seu passado em nada me agradava,estava ali agora,sentindo meu coração pulsar tão rapidamente e com várias marcas de quem está nervosa,quem bem me conhece sabe que eu não sei esconder nada disso,viro uma pimenta bem vermelha.Em cada encontro parece que sentia mais voluptuosidade,sentia mais encarnação de desejos em minhas entranhas,estava ali agora,tendo a certeza que era sua,só sua,pronta pra um naufrágio interno,pronta pra um tsunami de vontades e palavras entaladas dentro de mim,presa,pedindo pra ser presa,com as pernas os braços, e tremendo,com um nafrágio lindo,e nosso.Tudo que você mais quer e precisa tanto saber agora é que o amor não cabe mais ficar pairando em conversas nas madrugadas quando acordamos de noites longas e quentes,o amor meu bem impestiou,intempestivamente minha alma,o amor sou eu,nua em pelo,sou eu o amor,agora aqui,sua,sempre.

Os nervos ardendo,a pele com os poros valentes,erguidos,so eu,com os seios junto do sei peito dizendo isso,calada,olhando seus olhos.

Dafne B
Enviado por Dafne B em 10/08/2010
Código do texto: T2430356
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