Para onde você foi?

Oh querido amor, para onde você foi?

Pra que lugar?

Por que não me avisou que iria partir?

Por que não me deixou preparar o coração?

Perguntas sem respostas mas que eu insisto em fazê-las sabendo que você nunca irá responder, sabendo que você nem se lembra de mim, sabendo que são apenas perguntas, incógnitas da minha mente.

Nunca sofri assim. Nunca me machuquei assim.

Você foi o meu convite para o sofrimento.

A dor da paixão ainda parece queimar aqui.

O arrependimento me acusa.

Fui tão cego, mesmo com a verdade estampada em minha face.

Como simples palavras e simples gestos podem me comprar?

Uma ponta de esperança me ajuda a respirar. A esperança de que um dia minha mente se encontrará livre do seu rosto. A cada dia este sentimento egoísta em meu peito muda. Há dias que surge inesperadamente, surge forte. E há dias que parece estar se afogando no mar do esquecimento. Mas eu sei, mesmo sofrendo, mesmo derramando lágrimas, eu sei que este sentimento já não é aquele que nasceu de repente, eu sei que ele não é mais tão violento, eu sei que está perdendo as forças dentro do meu peito.

E eu começo a pensar: “Talvez um dia você possa olhar para mim e eu não consiga mais te ver; talvez você queira me chamar, mas eu não possa mais te ouvir; talvez você queira me abraçar e eu esteja recebendo este carinho de outros braços; talvez você me ame, e eu já tenha entregado o meu coração – recuperado de suas mãos – a outro alguém”.

Denis Batista Santos
Enviado por Denis Batista Santos em 10/08/2010
Código do texto: T2429637
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