Já sóbria
Retorno ao mundo em meio a desordem de meus sentimentos,
o chão se abre novamente, e eu desejo cair.
A luz do sol me incomoda, mas não tanto quanto a sua falta na cama.
Ainda durmo com aquela camisa velha que deixaste num momento de distração.
Ainda sinto tua essência a se esvair dela.
O sono não me é interessante, pois rondam-me pesadelos constantes, por isso prefiro estar acordada.
O que não é saudável, mas isso também não importa.
A dor desenha uma nova expressão em meu olhar, eu agora tenho aquele olhar frio de quem acaba de morrer.
Você ainda é dono de minhas ilusões.
É o primeiro e o último pensamento do meu dia.
Retorno ao mundo em meio a desordem de meus sentimentos,
e me deixo cair pelo abismo que tu cavaste entre nós.
A tua falta consome meu íntimo, eu nem sei mais quem eu sou.
Quanto tempo ainda resistirei neste mundo?