Minha armadura
Deixei que minha armadura imergisse,
nada me atinge, nem mesmo seu olhar, meu espelho.
O véu da loucura me rodeia,
mas eu nem ligo...
Quero ser louca,
desejo a insanidade!
As chamas ainda acesas da paixão inibida,
que canalizo para outros bens...
Desde então tudo é cinza,
a vida tanto faz, como tanto fez.
Ninguém mais ultrapassa os limites do meu coração,
por que eu não deixarei novamente.
Renascida como a fênix que jurei não ser,
volto com minha velha persona, mas agora com uma armadura no coração.
E quem tentar me reconhecer,
não me encontrará mais.
Me enterrei sozinha
no escuro.
E por lá ficarei por um longo tempo,
vigiada pela fobia que não me deixará sair.
Ninguém me toca mais,
ninguém me invade mais, e ninguém me magoará mais!