EIS AS MINHAS RAZÕES PARA TE AMAR TANTO.
 
 
Imaruí, S C, 05 de agosto de 2010
 
 
 
Querida Deusa Aldebarã:
 
 
 
Talvez, tu nunca tenhas pensado nesta possibilidade, mas hoje, eu quero dizer que o nosso amor que é desmesuradamente vivido e sentido, por uma razão inexplicável, sofreu sem que soubéssemos a intervenção divina. E, por obra do imponderável, foi costurado silenciosamente com o cordão do infinito, para que se manifestasse entre nós por toda a eternidade. E assim, o amor, a vida, o infinito e a eternidade são valores ou eventos que passaram a integrar graciosamente a nossa vivência.Agora, para mim, tu és a projeção humana, feminina e delicada, um presente de outro mundo, pois talvez, tu tenhas sido projetada e aparecida de uma suposta outra dimensão. Vejo em ti somente uma profusão de luzes e, por conseguinte, a tua luminescência baila nos entretons místicos de um verde éter. Trazendo-me assim, aquela transparência metálica e linda das galáxias, que vejo tremeluzir em teus lindos olhos verdes.

Cruzes!
De onde tu vieste Aldebarã linda?
Radiante, transparente e cheia de luzes!

D
e que céu, de que dimensão, de que universo paralelo, e qual foi o pulsar que te impregnou com essa argêntea luz, transformando-te ora num ente, ora numa santa. Mas para mim, tu és uma linda e transparente mulher siderada?Às vezes, minha linda deusa, mergulhado em profundos delírios, eu penso ter levantado das brumas do meu inconsciente a tua figura, que se projeta como uma manifestação paranormal de teleplastia.Mas, na verdade, a tua fotogenia sugere e denuncia a tua origem, possivelmente vinda de uma dimensão qualquer, disfarçada de estrela cadente.Vibrando, tu conseguiste viajar no espaço-tempo, adentrando em minha galáxia e te estabelecendo definitivamente no meu planeta azul.

O
s teus olhos de verde-esmeralda, esse éter líquido que esconde os vestígios de Andrômeda e o teu lindo corpo que agora se transformou no meu espaço ilimitado e quente de amor, doravante, eles passarão a integrar a minha rica vida.Agora, eu te sinto com toda a luminosidade sideral e, dos teus lindos olhos verdes, chispam relâmpagos novos de amor. Um amor novo trazido de um mundo onde o tempo e o espaço inexistem.Assim, eu serei sempre um afortunado com a tua doce aparição, espero tão-somente a constância da geometria cósmica, para que, num eterno equilíbrio, não deixe os teus lindos olhos se eclipsarem de mim.Eu te saúdo aluminizada deusa Aldebarã infinita, uma sídera mulher de rósea carne, um anjo trânsfugo que foi rebaixado a minha dimensão, para vivenciar esse amor humano eterno e doce

É
verdade, tu serás eternamente aprisionada nesta tridimensionalidade do meu planeta. Entretanto, minha linda deusa extraterrestre, tu serás também recebida docemente no meu infinito coração. Um verdadeiro pélago profundo que será o teu aprisco de amor para sempre.Eu sei que tu sentirás saudades da tua campina estrelada, da sinfonia sideral e da elegância do cosmo. Mas em contrapartida, eu te ofertarei o azul do oceano, a quietude das ilhas, o verde viçoso das nossas planícies e o encanto bucólico dos borbulhantes regatos que se escorregam pelas montanhas.Pelas manhãs, apreciaremos a matinada de uma aurora bruxuleante e festiva, e depois, o despertar de um novo dia sob os acordes dos passarinhos e, nas horas premidas pelas tuas saudades, nos sentaremos na praia abraçados, para apreciar o crepúsculo vermelho e o atracar silencioso da noite.Eu te saúdo novamente, ó divina manifestação de carinho e bondade! Agora, por favor, me irradia com os teus olhos verdes de éter, com aquele amor que trouxeste para mim da longínqua nebulosa de Andrômeda.Os fluidos cósmicos vibrarão em nossas vidas, pois trouxeste contigo a certeza de que o universo irá conspirar a nosso favor, derramando sobre nós somente as radiações lindas de benquerer.

N
ote bem que, no dia 07 de novembro de 2007, portanto, há 1001 dias, caiu uma estrela cadente na minha janela que estava perdida no mundo.
Eras tu, ó Aldebarã!