EPÍSTOLA AO_LÉU
INTELECTÓPOLIS/ QI, XV de III de MMV.
Prezado Amigo, Ao_Léu,
De logo, expresso meus parabéns por essa mania salutar de vagar pelos pensamentos dos homens sábios e loucos, brancos e pretos, ricos e pobres!
Aproveitando a oportunidade e inspiração, redijo estas poucas linhas retas, côncavas ou convexas, mas que chegam a ser perpendiculares aos eixos da existência e da realidade. Por isso gostaria de deixar claro ou até mesmo escuro, se não houver preconceito, que desde os hieróglifos até a nanotecnologia, devemos expressar incondicionalmente os pensamentos que fluem de nosso encéfalo desenvolvido. Quando se fala em pensamento, merece atenção um conciso brocardo grego, “tudo flui”, da lavra do filósofo Permanedes e, pegando a deixa, a imaginação deve fluir seja qual for a cor, a intensidade, o gênero, a razão et coetera, isto é, etc.
Pensamento é luz, embora haja quem diga que a cor escura é a ausência de luz ou será apenas o infinito, o longínquo, o desconhecido? E o que isso tem a ver com o que estou escrevendo? Nada, respondo. E daí! Não quero aqui falar em racismo! Desejo sim, deixar o pensamento fluir e, no dedilhar das teclas e uso dos vocábulos, transpor, criar, recriar, porque segundo Lavoisier: “na natureza nada se perde, tudo se cria, tudo se transforma”.
Nestes últimos dias, peguei-me olhando para o nada, para o vácuo além do horizonte e percebi que o nada na verdade é alguma coisa, caso contrário, não teria motivo para existir esse termo. Fui mais adiante, no devaneio, e recordei que isso pode ser confirmado pela ciência quando trata das teorias atômicas/ nucleares, onde são realizadas experiências que a olho nu seria inviável, impossível. Logo, o que parece ser não o é ou pode ser se você quiser, pois estamos constantemente observando, avaliando sob ângulos diferentes, disformes e até mesmo usando padrões cometemos erros, é o caso do denominado Erro de Paralaxe, na prática se dá quando, no uso de algum instrumento de medição (régua, trena), julga-se errada a medida apanhada, porque o agente aferidor observa por um ângulo inadequado, o que leva a diferenças no enquadramento, notadamente em pequenas distâncias entre a câmera e o assunto que se busca apreciar.
Confesso amigo, que, ultimamente, andei me questionando e não cheguei à conclusão alguma e, simultaneamente, a todas! Isso porque andei associando pensamentos e raios, aqueles que são descargas elétricas que cortam o ar numa rajada estonteante de luz. No entanto, a luz que muitos buscam não está ao alcance dos desejos físicos ou intelectuais. Desde Sócrates, na Grécia Clássica, passando pela modernidade de Locke, Descarte, Voltaire e Diderot a busca incessante pela luz do saber chega a Contemporaneidade com Einstein e dia a dia se “apaga” se “acende” e assim, sucessivamente, sem deixar rastro. Também! com uma velocidade aproximada de 300.000.000 km/s quem poderá acompanhá-la? Só o pensamento! Ou não!
Sinceramente não sei por que estou escrevendo estas coisas, mas eu não estou nem aí! Na verdade, estou, neste momento, de frente a um computador, fazendo às vezes de um peopleware digitador! Ao mesmo tempo em que aprecio esta máquina “felomenal”, ou melhor, fenomenal, que a tecnologia aliada ao capitalismo nos trouxe, aproveitando o melhor da matemática de Tales de Mileto, da física de Newton, os quais alicerçaram as engenharias mecânica, elétrica e eletrônica, contando também com a amplitude dos espectros de freqüência das ondas eletromagnéticas, dando azo à comunicação e interação do mundo, tornando obsoleta a transmissão por fios e agora com a nanotecnologia que minimiza “tudo”, proporcionando praticidade, velocidade, qualidade e precisão sem limites.
É uma verdadeira viagem! Navegar sem ser no mar e voar sem sair do chão, muito comum aos adeptos da cannabis sativas, vulgo “maconha” e dos alucinógenos que os “malucos” consomem em festas públicas e similares como os hidrocarbonetos halogenados (clorofórmio), vulgo “loló”. É isso aí! O lado negro da evolução químico-biológica, a qual é possível saturar tais substâncias e produzir outras mais “nocivas” ao organismo. Não descartando a famosa aguardente de cana e derivados, tentadores desperdício dos fracos. E por falar em substâncias que alteram (influenciam) o comportamento humano, é evidente que há também àquelas que são produzidas em nosso próprio organismo, geradas em nosso sistema endócrino, no momento, estou até sentindo uma elevação no índice de adrenalina, contudo, quando sinto a aproximação do desfecho desta singela epistola, ocorre intrinsecamente uma elevação de outra substância, cujo nome não recordo no momento, mas sei que existe! E a sensação de alivio se apodera de minh’alma.
Do ábaco ao palmtop não se pode negar a dimensão que alcançamos e a intensidade com que vivemos ou imaginamos viver, pressionados com tanto e com tão pouco! O que realmente diferencia a loucura da sabedoria? Será um conjunto de palavras ordenadas, denominada opinião?! Ou não! Como distinguir a bondade da maldade, maquiavelicamente falando, será melhor ser temido ou ser amado? A violência que não tem classe, um matadouro público a cada esquina. Vale salientar que as polêmicas tendem a se elevar a cada dia, a exemplo as dissensões em torno do emprego das células-troncos, seja embrionária, medular ou umbilical, um bem ou um mal necessário? Quem realmente terá acesso a essas benesses medicinais da clonagem? Os loucos, os enfermos, os abastados, os desfavorecidos ou os sábios, ou melhor, sabidos! Pois é, confesso que a informação é tudo, principalmente, a informação genética, aquela dos 46 cromossomos (23 paternos e 23 maternos) em pessoas normais.
Você pode está se auto-perguntando: que carta sem lógica? Sem nexo? No entanto, com nexo ou sem nexo, só sei que rima com sexo! E por citar tal expressão lembrei-me de Sigmund Freud, do id, do ego e do superego, dos estímulos que se propagam junto à formação da personalidade do indivíduo, dos desejos, das necessidades psicológicas, parapsicológicas e até mesmo fisiológicas!
Pois é, amigo, assim findo está Epistola Pistoleira, que atira para todos os lados e cujos projéteis creio, não sairão pela culatra, pode até ricochetear, parafraseando um trecho de uma canção de rock brasileiro, o qual diz: que “o quase tudo quase sempre é quase nada ”. Contudo, para não utilizar pensamentos de outrem como desfecho desta epistola, encerro com este de minha própria lavra: A certeza da morte quiçá nos torna vivos! E o que isso tem a ver? Sei lá!? Profundas lembranças ao amigo À_Toa e ao seu primo Às_Avessas!
Que Deus abençoe as mentes e oriente os dementes!
ASSINA: Areflexão Emmomento Opoturno (ISF)