Eu quero o conto de fadas
Nunca é sempre muito tempo para quem não sabe espreitar o tempo com o olhar de uma criança... ou de um amante.
Mas infelizmente sei que nunca vou voar à altura do seu coração.
Dentro de mim bate a lembrança do que não fomos mais do que a do que vivemos. Não sou águia e se o fosse seria pequenina diante da grandeza do teu infinito ser. Mas sou eu e embora isso para ti não baste, creio que à mim mesma me basto e irei acompanhar-te mesmo que de longe, para me vejas caminhando e vivendo e sonhando e te olhando de perto para que notes minhas pegadas na areia da vida.
Isso não é real, é um devaneio de meu pensamento!
Eu sou mais que o ar envolvente, mais que "ave e o lírio", eu sou o rio que banha uma estrada longa e prevê estiagem sem temer.
Eu quero o conto de fadas, não para esperar o príncipe, mas ser o príncipe e a princesa, a rainha e a certeza, o poder e a galhardia da alma efêmera e a constante. Eu quero o conto de fadas pela fada e o poder de sua estrela, pois eu também posso ser estrela, ter o príncipe e dominar o reino...
Assim, nunca não existe. Melhor que termine aqui. Um ponto não finaliza tudo, mas restringe uma vida que começou sem iniciar e terminou sem jamais ter vivido. Loucura? Quem não é louco nessa vida? Eu?, VocÊ? Nós?
Coitados de nós que vivemos sempre tentando definir as coisas. Nunca novamente. Nunca chegamos a um ponto final concreto, pois tem sempre alguém esperando por ele para iniciar uma nova história. E ai?
Ai é apenas uma interjeição. E para que elas servem senão para espantar na escrita também?
Te vejo no fim da linha, rsrsrsrsrsrsrsr!