Em que mais eu poderia acreditar?
Fechando os olhos, tentei resistir ao que era notório, buscando forças no fundo do que não conheço, para relevar o que ninguém desconsidera. Não pelo que ainda poderia ser, mas muito pelo que era, quando eu queria tanto que nenhuma inverdade tivesse o peso da indiferença. Eu não quis entender, eu tentei me esquivar, mas tudo o que acontecia só fazia a minha dúvida aumentar.
Abrindo os olhos, deparei com a desconfiança. E ela estava ao meu redor, direcionando os meus sentidos. Foi quando passei a dar ouvidos a minha própria consciência. De mim, escapavam a tolerância e qualquer segundo de paciência. E os fatos deram vulto ao disparate, e a razão rasgou os véus da fantasia. Não existe mais noite ou dia em que eu não faça desconfiar...