CARTA PARA FERNANDO
Goiânia-GO, 14 de setembro de 2006
Querido sobrinho Fernando Andrade
Inicialmente, eu acho que pega mal esse negócio de chamar um outro homem de querido. Bom, sendo você meu sobrinho, acho até que pode ser. Só dessa vez, tudo bem? Não vai mais acontecer... Não é necessário esse tratamento de senhor, sou apenas o seu tio . Embora seja um pouco antigo, não sou senhor, está bem?
São quatro e pouco da madrugada ... Parece que não tem jeito, a poesia é minha sina, não sei mais o que fazer ...Será que isso é defeito? Dizem que sou repentista, e isso, muito me anima. Não sei bem o que dizer, estou emocionado. A emoção está em mim,e a danada, tomou conta de vários palmos quadrados, da casa e do meu jardim.
Para falar a verdade, isso sem qualquer vaidade, peço que desculpe a rima, poesia é minha sina, eu acho que virei poeta, escritor ou prosador.
Hoje em dia, falo em versos ou em prosa, sou o Pantera-côr-de-rosa que acabou sendo poeta e virando escritor. O Pantera, acima citado, se identifica comigo. Ele me inspira muito, porque é muito engraçado... É o meu herói preferido.
Sou meio desajeitado, resumindo um pouco as coisas, sou até meio abestado, com as coisas que a vida com todos nós aprontou. Parece até que é novela, daquelas que a rede Globo, passa no televisor.
Não é conversa fiada, e nesta madrugada fria, me sinto uma besta quadrada, procurando responder à sua carta on-line, sem saber o que dizer. É claro que estou lhe enrolando, com esse monte de besteiras, algumas até são bem sérias, não chegam a ser grandes besteiras.
Para mim é novidade, falar esse novo idioma, a poesia. Eu não fiz curso de letras e quase não sei me expressar. A poesia vai chegando e deixo a poesia falar. Estou sempre sanando as dúvidas, aprendendo com muito amor. A poesia é para mim, a própria voz do Criador. Estudei na escola da vida, e nela aprendi grandes lições. Aprendi que o amor existe, e que ele está sempre presente, na vida, e nos nossos corações.
Abrindo as janelas da mente e a porta do coração, teremos bastante espaço para as emoções desta vida, para a esperança perdida que o nosso Deus restaurou. Nessa hora, nesse tempo novo, vou falando coisas que o próprio Senhor ensinou...
Levo mil mensagens ao povo nesse tempo novo, falo poesia, esse idioma simples, filho da beleza, que a natureza em meu peito plantou. Falo quase sempre em flores, falo nos amores e da energia que paira no ar. Falo da mãe natureza, de toda a ternura que existe no balanço das águas do mar. Falo do amor de Deus, somos filhos Seus, e devemos testemunhar... Dizer que o amor é tudo, ele é a essência e o conteúdo, razão do viver.
* Peço que mostre esse meu escrito às flores, esses meus amores, (Pris, Lívia, Marilene, Sônia e D. Neusa) que moram no meu jardim, e que agora vivem no meu pensamento, e nesse momento, estão morando em mim. Um grande abraço literário para todos os familiares.