Conversando comigo mesma
Conversando comigo mesma
Se me perguntarem porque escrevo, responderei que por
paixão. Se perguntam para quem, direi que para toda a
gente e para ninguém.E poucas vezes para alguém.
Escrevo á amizade e á crueldade; á humildade e á
insanidade; á paz e á guerra; mas principalmente a um
sentimento que me faz sentir viva, vibrar, sorrir ou
chorar…que me incentiva a caminhar por mais árduo que
seja o caminho… o AMOR...seja ele amor-amizade,
amor-carinho ou amor-paixão.
Escrevo muito sobre mim, minhas próprias vivências,
dores, desgostos, anseios; mas também meus sonhos nunca
vividos, apenas desejados imaginados.
Como sonhadora que sou escrevo ao amor que gostaria de
ter, ao ‘meu amado idealizado’, aquele ideal de amor
pelo qual sempre aspirei...com ele, partilho fantasias,
alegrias, desilusões e tristezas.
Sou uma eterna sonhadora, é minha essência que é assim,
ando sempre em constante busca do que sei ser dificil
de encontrar, pois ao apaixonar-me por um ser carnal
nunca encontrei seu ser espiritual…jamais consegui os
dois num só (corpo e espirito)...o chamado'amor
incondicional'.
Para mim o amor na sua essência é a união do carnal com
o espiritual, mas infelizmente muito poucos os
conseguem conjugar
Nesse caso sonho, e nesse sonho posso então juntar o
amor carnal com o espiritual(alma,coração)...esse ideal
tão sonhado!
É o que faço em muitos dos poemas que escrevo, deixo
‘sair para o papel’ minhas utopias…
Serei louca? Alucinada? Que interessa se são estes meus
sonhos que me mantêm agarrada á vida!
Fátima Rodrigues