Carta escrita a um jornal
Ao Jornal ........
Leio tantas cartas publicadas no seu jornal que me animou bastante,
a ponto de escrever a minha tambem.
Acontece que eu sou aposentado do tipo bicicleta: se parar cai.
Então, moro sozinho em meu confotável conjugado que tambem,
serve de escritório,pois,sou autônomo e vizinho de duas malucas: Uma do lado esquerdo que fala. canta e berra sem nexo e outra do lado direito que faz o cachorro latir no corredor do predio,de propó-
sito, para incomodar os vizinhos.
Este ambiente desesperador me levou a fazer um poema que sem me preocupar com qualidade, estou remetendo-o a vocês e seria tão bom
que fosse publicado para depois eu recortar e afixar no elevador, para
conhecimento de todo o predio, de meu protesto:
AS MALUCAS
São as malucas que moram no oitavo andar.
Eu fico vendo tudo e nada ´posso reclamar.
Uma atiça o cachorro para fazer pirraça.
Está sempre de folga e não leva o cão na praça.
Outra canta alto sem versos e sem melodia,
Só para mostrar sua loucura, todo dia.
Meu Deus, onde é que eu vou morar?
No jornal só tem o que eu não posso pagar.
Esta é a vida neste meu Rio de Janeiro.
Todo mundo sem amor e sem dinheiro.
Foi ai que eu ajudei a eleger um Prefeito,
Esperando que no cachorro ele desse um jeito.
Mas,esqueci que a prioridade era só para ciclovia
Vou partir e não volto mais, chega de ironia,
Mas antes quero que meu protesto seja publicado,
E no elevador do predio seja afixado
Para os que ficarem com minha cruz
Não dizer que eu sai sem buscar uma luz.
CRPOETA