Você: Para todo o Sempre

Em teus olhos meus anseios repousam como aves bailando no ar

Lembro bem da encruzilhada em que me perdi pra te encontrar;

Em teus lábios me entrego sem culpa como rio perene em correnteza

Que essa dúvida do amanhã seja para sempre minha única certeza;

Em teus braços encontro descanso e me deixo acariciar por tuas mãos,

Que me importa se o mundo desaba lá fora, aqui dentro eu me chamo paixão;

Em teu cheiro me embriago, me sacio e volto a te querer mais

Perturbe meu sono, seja meu castigo, é assim que encontro paz;

Em teu corpo viajo e regresso, admiro de tua a alma a teus pés

Em prece silenciosa suplico, não mude a forma que és.

Em teu mundo me instalei como uma praga, talvez inconveniência

Apossei-me de teu manual e rasguei-o, se puder perdoe a impaciência;

Em teu peito abri uma fenda e desenhei sobre outros meu nome

Exigi que tu matasses o meu medo, minha sede e minha fome;

Em teu caminho apaguei traços e marcas que mancharam tua vida antes de mim

Que me importa se algum te fizer falta, não há mais volta e eu irei até o fim;

Em tua trama assumi o personagem que renuncia, mas que vence no final

Não nasci para ser coadjuvante, o meu lugar é na cena principal;

Em tuas asas eu flutuo além do céu porque limites já não há para nós dois

Nesse momento, pare o tempo e que o resto fique todo pra depois;

São pra ti que eu dedico esses meus versos que eu compus antes do entardecer

Que sejas meu porque eu sou tua e não há nada que transforme o meu querer;

Em teu amor fui condenada a perecer, essa força extravasou meu coração

Sem pressa vou cumprir a minha pena, dessa sentença não quero absolvição.

Denisia de Oliveira
Enviado por Denisia de Oliveira em 12/07/2010
Reeditado em 30/01/2013
Código do texto: T2372889
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