Tempo bastante.
Quatro meses... Tempo demais.
Tempo que me mantive ausente;
Tempo bastante para compreender
tantas coisas.
Reencontro casual!
Sem planos ou qualquer artimanha;
Nenhuma arquitetura modernista.
Olhei-te e me vi;
Senti-me outra vez.
Eu pleno, inteiro!
Não coube em mim tanto contentamento;
Embriaguei-me com cada palavra;
Saboreei cada sorriso, cada gargalhada.
Quanto de alegria há em ti!
Vi teu rosto e senti a vontade de ser pintor;
Ter tela, pincel e muita sensibilidade.
Admirei teu corpo e lamentei não possuir
habilidade e alma de escultor.
Ouvi tua voz e não encontrei, em minha
memória, nenhuma canção tão melodiosa.
Enxerguei teu olhar e não compreendi de
onde vem tanta luz.
Senti teu sorriso e não soube dizer qual a
fonte de tanto brilho.
Captei tua fé e tive vontade ver teu Deus
bem de perto.
Não foi necessário tocar-te para sentir teu calor.
Quanto afeto vi em você!
Quanta ternura pude sentir no teu olhar!
Quanta compreensão!
Compreensão de uma alma rara;
Uma alma sem igual todos dias.
Obrigado por permitir meu amor;
Amar-te sem me sentir culpado!
Junho de 2010.