Cartas Pessoais - Ventura, ou não...
O sono só chega depois que as preocupações não pesam nas pálpebras, não posso negar que a espera por respostas positivas me tiraram o conforto noite passada, e quando acordei crendo na possibilidade de tê-la de volta... Percebi o quão imbecil fui nesses último dias. O problema, claro! Foi... e talvez ainda seja, da leitura de romances onde existe uma máxima sobre as relações entre supostos amantes. Ela mesma me disse que tenho a mania de botar a culpa em alguma coisa. Pois bem... Ouvi dizer que amor não é aquilo que te faz subir pelas paredes, e nem o que você acredita sentir por alguém que de uma forma ou de outra continuará presente em sua vida. Isso graças aos momentos em que assistiu certos programas de Tv, leu determinados livros e ouviu aquela música, da banda que nós dois tanto gostamos, onde nosso "drama" parecia ser contado seguindo um violão. Talvez toque a tal música enquanto a vida acontece, e a ideia de não amar jamais, permanecerá como uma promessa romântica a lá Lord Byron. Uma corda no pescoço (feita dos cadarços do seu melhor tênis), os cortes do pulso (na diagonal) e as pílulas (que conseguiu com algum amigo pseudo-suicida) agora parecerão ter algum significado. Mas não se anime, sabe muito bem que você, assim como eu... Por mais fleumático que seja, não teria coragem de fazer qualquer coisa contra si mesmo. A busca por algum castigo, por ter errado todo esse tempo, sabe melhor que ninguém; é a repetição e a lembrança daquela viagem que decidiu fazer dias após o aniversário dela. Algumas loucuras, possuíam significado... E mais uma vez, penso que a tal da viagem foi a melhor das loucuras. Deixo que as reticências não digam o que não tive coragem, ou quem sabe... Não digam nada, já que não há mesmo algo pra dizer - E que o sentimento permaneça em alguma história inventada qualquer dia desses, num novo capítulo do livro... Ainda não arrisquei botar no papel. Tá bom.