Lavras do Esquecimento
Apura-te, energia
lacrimejo e me queixo hoje em dia
em tudo, sempre que te encontro
me inclino numa borda
replico o toque
colido nas palavras que te escrevo
e não deploro
um chodó, uma fantasia
queixo-me por não as retocar
cauteloso vem o nervosismo
dobro-me na gentileza
e me alimento coberta de dôr
posso dizer-te pelo olhar
o que contas quando partis-te
e as côres das sombras
que deixás-te ...
Me obrigo
retomo a queixa, do que me arrancás-te
ensina-me a amar
ou fica como esquecido