dois: à putrefação

sempre o escarro. vem á tona na minha garganta, então um espasmo pra relaxar o que está depravado. o podre aparecendo em questão de tempo, não leva uma vida.. apenas um momento. quando quer sentir algo novo, pede pra beber, beber o que já acaba faz tempo. acaba com uma vida.. acaba com o momento. retalhos de bondade na mesa, carneados pela vontade de querer a mais pura beleza, proeza na qual se entrega com fraqueza áquilo que acha satisfatório para a sua tristeza. traços de infâmia, as máscaras adquiridas, hoje são feridas cicatrizadas, cicatrizes de uma alma caída, putrefada. o ócio nessa cuca, entregue ao sarcasmo, uma morte, um orgasmo. levianidade ao falar, o não pensar ao se expressar, isso o fará queimar, se ajoelhar e uma corda o irá ajudar. até que o chão não era tão longe.. eu apenas estava em cima de um tapete carnívoro a me devorar, quanto mais eu gaguejava mais sua sede aumentava, quanto menos eu me importava mais o tapete me engolia, me secava. carne seca, alcolismo, ludibriado, inativismo. eis algo de bom, pois foi tudo planejado.. alguns desentoaram pra outros lados, outros, os fantoches manipulados. o escárnio vem acompanhar uma outra podridão que irá se levantar, e essa nem vida terá, o que será é o que irá queimar. mas enfim, tudo isso ja passou.. ja passou mas logo volta. outrora é o sono, outra hora a revolta.

nékros
Enviado por nékros em 03/06/2010
Código do texto: T2297940
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