Meu candidato a Presidente da República - respondendo a Bruno, Sarah K e Ericnelson.
Meu candidato a Presidente da República - respondendo a Bruno, Sarah K e Ericnelson.
Pois é, Bruno, Ericnelson e Sarah: a falta de uma candidatura representante do liberalismo, fiz a opção clara, pública e, livre pelo apoio à candidatura de Serra – e, como o Recanto das Letras não é site noticioso, mas um lugar de expressão das opiniões individuais, estou no meu lugar. Os que tentam me censurar pela escolha, ainda que veladamente, por outro lado, não estão.
Mas, porque escolhi objetivamente a Serra para votar e apoiar para presidente da República?
Muito simples: Dilma é hoje a candidata da direita, do arcaismo (associação do que é velho, velhaco e carcômido, em política), dos donos do poder, dos que se acham donatários de capitanias hereditárias, dos malandros e, dos assaltantes dos cofres públicos, como provam a rede de apoio construída pelo governo de Lula e, que, não por acaso apoiam sua candidatura – e prova disso é que a Sra. Russeff sobe ao palanque ao lado de gente execrável iguais a Sarney, Collor, Calheiros, Maluf, Geddel e, tantas outras figuras do velho mundo sórdido da política nacional (aí, incluídos, os tipos estranhos do próprio PT, como os mensaleiros José Dirceu e José Genuíno e, o aloprado Mercadante).
Marina, por sua vez, amarrou o arado de seu partido ao verde da grana do Sr. Guilherme Leal, dono do “O Boticário” - aquela empresa que compra frutinhas, coquinhos e essências dos “povos da floresta” e fabrica com eles perfumes e sabões caros, com grife politicamente correta, transformando sua candidatura num outro estandarte do arcaísmo (isto é, a associação de ideias ultrapassadas com o velho capitalismo).
Resultado: a candidatura de Serra, é muito mais de esquerda do as de Dilma e Marina!
Mas, à diferença de Dilma, Serra, a despeito de seu esquerdismo, é um vencedor na vida – em termos de profissão e política, pois começou na política enquanto era estudante, foi perseguido, exilado político e, cabra marcado para morrer. Mas, sobreviveu, viveu, voltou do exílio doutor em economia e, começou uma carreira política tão brilhante quanto admirável.
Vejam, Bruno, Sarah e, Ericnelson. O artigo que faz referência à Lei de Responsabilidade Fiscal (o marco do controle e moralização dos gastos públicos, imposta tanto à prefeitura de Jacundú do Mato Dentro quanto a União Federal), nas disposições transitórias da nossa Constituição (e esse negócio de Constituição Federal, Lei, respeito e prestígio das leis é um marco de civilização, não é Ericnelson e Bruno?), é da autoria de Serra. Não bastasse isso, também foi o autor da lei que introduziu o seguro desemprego no ordenamento pátrio e, no mundo do trabalho.
Passando pelo Ministério da Saúde, José Serra organizou a casa e, e fez aprovar a “Lei dos Genéricos”, projeto original do Senador goiano Henrique Santillo que ele levou avante.
Daí, consagrou-se na cidade e terra natal, em sucessivas administrações, começando pela Prefeitura de São Paulo (segundo orçamento público do país) e, chegando ao governo de São Paulo, onde destaco duas das muitas marcas: a redução da criminalidade e a modernização do setor de educação pública ofertada pelo Estado.
Em minha opinião, não existe nenhum outro político brasileiro que possa exibir neste momento, um currículo tão respeitável, vitorioso e promissor quanto o candidato tucano à presidência da república.
Por essas razões, a despeito do esquerdismo, voto em José Serra. Até porque, no Brasil, essa história de ideologia e partido político, em essência, não passa de piada.
Mas, espero que chegue o dia em que eu possa votar em um candidato liberal com chances de vencer a eleição.
O engraçado nisso tudo – a despeito da democracia moderna, ser, em grande parte, obra dos liberais e do liberalismo, liberal, no Brasil, virou sinônimo de “direita”, o que parece sugerir a muitos que têm o direito de censurar, senão, condenar publicamente os liberais.
Mas, quando me lembro do que são capazes os socialistas pelo mundo afora (idéias supostamente ditosas, despedaçadas pela prática, né, Sarah!), quando tiveram a chance de governar, fico motivado e, muito à vontade para defender meus pontos de vistas.
Grato pela passagens pelos meus textos e comentários.