Solidão.

Lá fora fazem barulho, são pessoas

brincando e gritando, enquanto bebem

e tentam se divertir.

Você surge do nada, minha memória

tenta, em vão, uma resistência fraca.

Não tem jeito!

Vejo o sorriso por todo o seu rosto.

Fico em silencio, tentando ouvir sua

voz tão suave, tão doce... Mas, são só

lembranças.

Você, há muito, já não me diz nada.

Faz tempo que não vejo teu sorriso.

Eu desapareci da tua rua!

Penso na minha solidão, que sempre

existiu, mas jamais foi tão desaquecida.

Penso na solidão das pessoas...

Pergunto-me: Como pode ser desse

jeito, o planeta transbordando de gente

e as pessoas tão solitárias?

Penso no que me separa de você e penso

que entendo o que separa as outras pessoas.

Talvez, o que penso entender não seja o

correto, então, decido que não tenho as

respostas para muitos dos vários enigmas.

Penso naqueles que tentam fugir da sua

solidão, buscando até mesmo a companhia

de quem não se gosta muito.

Preferem pagar o preço!

Não sei se é alto ou baixo, só sei que, mesmo

que fosse abastado, não o pagaria.

Por onde anda você?

Como substituir alguém tão especial?

Maio de 2010.

Paulinho de Cristo
Enviado por Paulinho de Cristo em 29/05/2010
Reeditado em 14/07/2010
Código do texto: T2288244
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