Amor ingrato.
Tenho momentos longos de uma
reflexão que não machuca, mas,
também, não consola.
Penso no que foi que fiz com você!
Mostrei-te meu amor, sem perguntar se
você o queria;
Sem pedir licença fui publicando um
gostar que era só meu, não tinha que ser
seu também.
Sem saber se tinhas tempo e espaço, te
pedi para alegrar minha vida;
Resgatar-me da apatia, que há muito me
segue.
Como pude ser tão cruel e inconsequente?!
Dei a você a missão de manter-me vivo,
como se você tivesse a obrigação de salvar
minha vida.
É mesquinho e egoísta esse sentimento que
guardo em mim!
Como posso amar e demonstrar tanta
ingratidão ao mesmo tempo?
O que estou fazendo com o que sinto?
Onde penso que chegarei?
Como pode o amor cobrar por existir, quando
o tempo é de doação?!
Fico pensando se serei perdoado em algum
momento.
Maio de 2010.