Amor ingrato.

Tenho momentos longos de uma

reflexão que não machuca, mas,

também, não consola.

Penso no que foi que fiz com você!

Mostrei-te meu amor, sem perguntar se

você o queria;

Sem pedir licença fui publicando um

gostar que era só meu, não tinha que ser

seu também.

Sem saber se tinhas tempo e espaço, te

pedi para alegrar minha vida;

Resgatar-me da apatia, que há muito me

segue.

Como pude ser tão cruel e inconsequente?!

Dei a você a missão de manter-me vivo,

como se você tivesse a obrigação de salvar

minha vida.

É mesquinho e egoísta esse sentimento que

guardo em mim!

Como posso amar e demonstrar tanta

ingratidão ao mesmo tempo?

O que estou fazendo com o que sinto?

Onde penso que chegarei?

Como pode o amor cobrar por existir, quando

o tempo é de doação?!

Fico pensando se serei perdoado em algum

momento.

Maio de 2010.

Paulinho de Cristo
Enviado por Paulinho de Cristo em 21/05/2010
Reeditado em 06/04/2011
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