VITÓRIA DO POVO BRASILEIRO!

Fortaleza, 19 de maio de 2010.

Caro Povo Brasileiro:

“O que é da minha conta me aborrece mortalmente; prefiro meter-me no que é da conta alheia” (Oscar Wilde, escritor inglês)

Com a aprovação do Projeto-Lei Complementar 58/2010, que exige FICHA LIMPA para candidatos a cargos eletivos, hoje, no Senado, o Povo Brasileiro está parcialmente de parabéns.

Ora, “ficha suja” tem mesmo é que pagar por seus crimes e tomar vergonha na cara, não em sequer cogitar de acobertar os couros e pretender ficar no bem-bom da impunidade.

Vitória, parcialmente, sim, porque, nas discussões, os senadores, sem exceção, acharam que a Lei ainda é falha, deixa lacunas em sua aplicabilidade e que ainda é leniente com certos atrevidos que por ventura tentem entrar no céu à força, na tentativa de se acobertarem e prosseguirem na bela impunidade reinante, desde Cabral até Lula.

De qualquer forma, valeu, estamos todos de parabéns!

Mas a Lei tem que viger a partir deste ano, nada de adiamento para as próximas eleições, como advogam alguns “sabidos”, quiçá com o rabo preso a patifarias.

O Projeto, que partira da iniciativa popular, com quase dois milhões de assinaturas, inclusive a do subscritor destas linhas, já havia sido aprovado na Câmara Federal e o Senado o aprovou, esta noite, por unanimidade.

Ressaltem-se, no êxito desse novo trunfo na mão do eleitorado, que terá menos corruptos nos quadros do Congresso Nacional, e em todos os cargos da hierarquia pública, em todos os níveis, a atuação da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação dos Magistrados, Ministério Público e União Nacional dos Estudantes (UNE).

Posso estar cometendo injustiça, não sei se ela deu alguma força, mas é de se lamentar a omissão (se de fato houve) da historicamente briosa e aguerrida Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Uma entidade numericamente pequena que, ao meu modesto entender, não poderia ficar indiferente a atividades nobres, dessa dimensão cívica, é a Academia Brasileira de Letras (ABL), que se entoca em sua torrezinha de marfim.

Cordialmente, um forte abraço deste simplório patrício,