A MINHA IRMÃ

Minha querida irmã

Saudades

Há cerca de trinta anos morando no interior e ela na capital, era assim as cartas postas no correio. Hoje com a era da informática seria através da net. Era, se não fosse a indiferença dela hoje. Resolveu romper comigo. Devo tê-la magoado em algum momento, mas já pedi desculpas, perdão e tudo que tem direito. Fui à casa dela, ouvi todas as ofensas possíveis, além da indiferernça, pois em cerca de duas horas não me convidou sequer para beber água.

Mesmo assim ainda insisti, tentei lhe entregar dois livros o de Maysa, que ela adora e um outro, deixei com a vizinha por orientação dela por telefone, pois estava em outra cidade na casa do filho. Não recebi sequer um telefonema dizendo: ah eu joquei fora e não gostei, nenhuma reação.

Um mês depois talvez, faleceu uma madrinha minha e aproveitei para ir lá. Cheguei à porta chamei-a pelo nome por três vezes, não respondeu. A vizinha viu e falou, bata palmas. Bati e nada, então falei: ela não quer me receber. Saí mais uma vez frustada.

Tempos depois soube que ela falou: eu vi, mas quem fizer comigo faça bem feito.

Então, estou com a consciência tranquila de que tentei, tentei e tentei, mas o futuro me dará resposta ou dará a ela.