Meu doce e terno amor:
Depois de anos luz sem te escrever, cá estou eu te escrevendo essa carta de amor, onde volto a perguntar Como quieres que te queira? O papel, podes conferir tem o cheiro de açucenas e a textura da seda. Preparo-me para deitar as letras e o que me acontece...são tantas se embaralhando em minha cabeça que mal sei por onde começar, ou mesmo, se começar. Tento organizar as idéias revoltas, selecionar as prioridades do que tenho a te confessar, mas, descubro que é impossível. Escrever o inimaginável...o etéreo. Como escrever sobre meu amor, se ele vai além das letras, além do físico, transcende o real e se instala no imaginário.
Meu amor faz meu coração tremular feito bandeira, me dá uma dorzinha gelada no peito que não sei de onde vem, mas, que me deixa vulnerável, explosiva, apaixonada. É esse amor que te consagro, que te entrego como minha parte mais valiosa, mais sublime.
Esse amor que me deixa com a sensibilidade aflorando e um simples verso me faz debulhar em lágrimas. Um simples afeto e corro o risco de não suportar, tamanha a felicidade. Faço de migalhas meu pão. E, o real e o imaginário se fundem, me confundem, me enlouquecem. Ora vivo o real na imaginação, ora a imaginação torna-se palpável, quase física. E, nesse balé de sentimentos permaneço no aguardo de dias melhores para aplacar esse amor insano que me corrói as entranhas, mas, do qual não posso apartar-me já que somos um só. Fatalmente unidos.
Meu doce e terno amor, recebe esse sentimento, guarda-o, protege-o, e, principalmente faz dele tua essência, teu calor, tua vida, teu amor.
Um beijo ensolarado, marly