CARTA AO SEU SILÊNCIO
Indesejável Silêncio:
Por não suportar mais o constante assédio da saudade, mais uma vez ouso quebrá-lo. Sei que você é de vidro, por isso, muito frágil.
Antes, tudo era absoluto e monótono Silêncio. Eu aceitava porque não havia conhecido seu grito. Hoje, entretanto, tudo retorna ao que era antes porque você resolveu calar-se, deixando-me o abominável presente de grego: o Silêncio. E aqui, em completo Silêncio, fico questionando algo que para você é inquestionável: permanecer em Silêncio enquanto seu ego alimentar de forma suave e prazerosa o desejo de vingança.
O Silêncio é ausência que traz o desespero e sufoca o grito. O mesmo grito que tiraria de latência meu eco encarcerado. Um eco que não existiria sem um antecedente alarido que se fizesse uma “quebra de Silêncio”.
Diz-se – com precisão matemática – que “quem cala, consente”. Calar? Por quê? Se não aceito o seu Silêncio. Ou, quem sabe, este Silêncio é prova definitiva de que nem mesmo você sabe explicá-lo. Ou, finalmente: você quer me enlouquecer em Silêncio? Não. Não vai conseguir, ainda que meus ouvidos ouçam somente: Silêncio... Silêncio... Silêncio. Porque dos meus ouvidos só vem Silêncio... Si-lên-cio...
Mesmo, portanto, diante do Silêncio que me obriga a ouvir, despeço-me, Silenciosamente, convicto de que, doravante, ouvirá como resposta os ecos de meu temporário Silêncio.
Beijos! ... e Sil-lên-cio! Por quê? Por quê? Por quê?
Indesejável Silêncio:
Por não suportar mais o constante assédio da saudade, mais uma vez ouso quebrá-lo. Sei que você é de vidro, por isso, muito frágil.
Antes, tudo era absoluto e monótono Silêncio. Eu aceitava porque não havia conhecido seu grito. Hoje, entretanto, tudo retorna ao que era antes porque você resolveu calar-se, deixando-me o abominável presente de grego: o Silêncio. E aqui, em completo Silêncio, fico questionando algo que para você é inquestionável: permanecer em Silêncio enquanto seu ego alimentar de forma suave e prazerosa o desejo de vingança.
O Silêncio é ausência que traz o desespero e sufoca o grito. O mesmo grito que tiraria de latência meu eco encarcerado. Um eco que não existiria sem um antecedente alarido que se fizesse uma “quebra de Silêncio”.
Diz-se – com precisão matemática – que “quem cala, consente”. Calar? Por quê? Se não aceito o seu Silêncio. Ou, quem sabe, este Silêncio é prova definitiva de que nem mesmo você sabe explicá-lo. Ou, finalmente: você quer me enlouquecer em Silêncio? Não. Não vai conseguir, ainda que meus ouvidos ouçam somente: Silêncio... Silêncio... Silêncio. Porque dos meus ouvidos só vem Silêncio... Si-lên-cio...
Mesmo, portanto, diante do Silêncio que me obriga a ouvir, despeço-me, Silenciosamente, convicto de que, doravante, ouvirá como resposta os ecos de meu temporário Silêncio.
Beijos! ... e Sil-lên-cio! Por quê? Por quê? Por quê?