Encanto e dor.

Olhar-te pela primeira vez.

Encantar-me com teu sorriso,

tuas atitudes e tua voz doce.

Apaixonar-me!

Fazer planos e traçar metas;

Não planos de romances, pois

estes estavam fora do meu

alcance.

Sonhei sonhos solidários e

amistosos;

Reais e palpáveis.

Olhar-te de perto e ouvir tua

voz com maior sonoridade;

Não poder escapar da realidade

crua e fria.

A verdade!

A verdade vista na sua pior forma.

A verdade que não é dita.

A verdade que tem que ser adivinhada.

Falha na comunicação?

Acho que não!

Foi a velha confusão!

Confusão da velha e boa compreensão

com a, as vezes nem tão benéfica,

piedade.

Sonhos jogados ao canto, sentimentos

ao espaço.

O medo de magoar transformado em

atitudes que ferem, que queimam como

ferro em brasa.

E agora?

O sonho acabou, não há remédio.

O que fazer com o vazio e o tédio

instalados?

Não queria sentir esta solidão vazia

e fria;

Quero a outra, a doce e morna.

A que nos traz saudades da pessoa

amada!

2010.

Paulinho de Cristo
Enviado por Paulinho de Cristo em 02/05/2010
Reeditado em 05/04/2011
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