Até onde vai tudo isso, nobre deputado?!
Excelentíssimo Sr. Deputado (a)
Pelo presente instrumento, único meio de me aproximar de vossa excelência, venho respeitosamente expressar minha visão como cidadão, eleitor, pai de família e acima de tudo patriota, uma vez que já não sei mais que caminho tomar e que rumo seguir, tendo em vista a grande desfaçatez exposta na mídia, no tocante às ações e conduta daqueles que elegemos para nos representar, legislar e criar medidas que facilitem e conduzam a população para o bem-estar e um modo digno de vida.
Tem-se dito nas ruas, e não mostrado em pesquisas, que a única solução para mudança é o Voto NULO, a única maneira de modificar o que estamos vendo hoje em nossos representantes, no entanto tenho rebatido e falado que a experiência de vida, acima do caráter é uma boa ferramenta para conduzir reais leis e medidas que atendam a população, contudo, olho para os jornais e programas de TV e tudo que vejo faz-me crer que as pessoas ao meu redor têm um pouco de razão, mas tenho medo da influência destes fazer-me mudar realmente minha compreensão para com vossa excelência e demais parlamentares que estão nos representando.
Antigamente, quando criança, eu tinha vontade de ser Vereador, quem sabe até Prefeito, espelhando-me nas figuras ilustres e de reputação ilibadas, registradas em nossa história brasileira, sempre com o intuito de garantir ao povo o bem-estar, segurança, educação, moradia, condições de vida digna e igualdade. Um pouco mais tarde, quando na minha adolescência eu perdi essa vontade, vendo que programa político na T.V. era somente para um candidato acusar o outro e programas de governo com promessas de melhorias para o povo poucos apresentavam. Hoje, pai de família, trabalhador, cidadão, perto do povo e daqueles que realmente necessitam, eu vejo a necessidade de mobilizar-me junto à população para que juntos possamos chegar a algum lugar, a alguma definição, a alguma ação, de sorte que nos seja revertido tudo aquilo que a lei nos favorece e realmente merecemos.
Vejamos, portanto, alguns exemplos recentes, que nos chamam para reflexões quanto ao que estamos vivendo neste momento
Neste último dia comemorativo do Dia dos País, ocasião em que não pudemos usufruir do direito do gozo de descanso e de estar com nossa família com tranqüilidade e alegria, visto que a segurança do nosso lar precisava ser reforçada, tendo em vista que o Indulto do Dia dos Pais, concedido aos presidiários de bom comportamento, refletiu para a população em geral que todos os homens de bem deviam permanecer em suas casas trancados e bem trancados, visto que os detentos têm o direito de sair para a citada comemoração.
Não estou aqui para discutir a atitude benevolente do Estado. Tudo bem que isso tenha ocorrido por força de lei e que alguns dos detentos realmente tivessem o direito ou necessidade de visitar os pais e/ou filhos e/ou família. Mas é preocupante para a população não poder gozar de forma plena desse seu direito de ir e vir com segurança e nem usufruir com tranqüilidade desse período festivo por causa dessa medida legal denominada Indulto. Por conta de tudo isso, policiais estiveram fazendo barreiras, cercos para se protegerem de possíveis ataques de facções criminosas com potencial para se tornarem milícias terroristas.
E a população, como fica nessa situação?!
Tudo isso está ocorrendo apenas na área da segurança. E no cotidiano da vida de um brasileiro não poder comprar um carro zero, porque ao final de vinte anos ele irá pagar 03 (três) o valor desse bem, além de pagar o dobro do preço no valor do combustível. E como se tudo isso não bastasse, se ele não pagar os tributos (que não são poucos) e as taxas daquele bem adquirido com muito sacrifício, ainda correrá o risco de ter o seu nome sujo.
Observamos e comentamos quanto aos integrantes do M.S.T. os quais, de certa forma, na força, conseguem estabelecer parâmetros e em suas ações e acabam conseguindo assentamentos em determinados locais, aparentemente sem a necessidade de pagamento de impostos à situação territorial.
Outrossim, é oportuno tecermos um breve comentário acerca dos novos presídios que são bons exemplos e que inovam nossa região, no entanto, o que percebemos através da T.V. é que são evitadas determinadas transferências por causa de possíveis retaliações. Ora, não estaria ocorrendo alguma inversão de valores? Afinal, quem é que dá as cartas, ou melhor, quem manda?
Observamos, ainda, com mais atenção quanto às diversas palestras e avisos de Geólogos e Ambientalistas, os quais através de estudos nos indicam as iminentes catástrofes, que com brevidade atingem nossas cidades costeiras e praianas.
Observamos. também, quanto às privatizações e nacionalização de nossas empresas que tendem a ter perdas irreparáveis no patrimônio público, as familias, direta e indiretamente a milhões de brasileiros.
Como eleitor e cidadão brasileiro, tenho medo por meus filhos, por minha esposa, por meus vizinhos, por minha nação; tenho medo até onde vai tudo isso!
Respeitosamente, encerro minhas palavras, dúvidas e expressões, nesta singela forma de poder me aproximar de vossa excelência como meu representante, em virtude do poder que lhe foi concedido de ação para modificação na atual rota que tende a nossa nação.
Atenciosamente,
Pablo dos Reis
Eleitor
Cidadão Brasileiro
No momento com bastante medo