Carros e pessoas passam...e eu...

Estou neste momento que escrevo estas linhas, estou sentado em uma cadeira na mesa de uma lanchonete em São Paulo, encontro - me pensativo, olho para fora e vejo as pessoas passarem, ônibus, carros se atropelam no pequeno espaço chamado asfalto.

Estou com minha arma em punho... Minha caneta e meu caderno... O que resta a esse mundo ? a não ser mentiras , falsidades...Negligencias...Nada de bom...Vejo pessoas a passos longos a caminho de algum lugar...Com rostos amarrados...Semblantes sisudos...Mal humorados...e a agitação que transforma as pessoas comuns em meras maquinas que respiram...As pessoas passam...Passam...Passam...nas mesas pessoas que pensam...ingerem bebidas diversas...as paisagens continuam intactas , paredes ,postes...Mas os rostos mudam...Para onde vamos ? o que nos espera...Cada um tem um pensamento , as vezes se cruzam...Somos escravos do dia...Da noite...Da madrugada. Saudades invadem meu ser nesse momento, me sinto distante de onde estou... Com saudades da infância... Saudades da adolescência... Saudades das traquinagens... Em fim saudades.

Retorno ao meu mundo e vejo que o tempo não parou...Novas pessoas se revezam ...Mais bebidas...Mas comidas...Você pensa...aqueles adultos de sua época morreram quase todos...os adolescentes do seu tempo são os velhos e nós ? Estamos subindo na escada do tempo... Seremos os próximos velhos... Crianças de colo são jovens adolescentes ou jovens maduros... O tempo não parou...e nem parará...puxa vida a hora se distancia de mim...estou atrasado...Puxa o poeta nem tempo tem...Mas volto mais tarde ao convívio do meu mundo das palavras...onde faço meu tempo...Onde escrevo o que sinto...Não preciso ser político nem coerente...Porque o mundo verdadeiro só encontro na poesia...Na poesia me encontro com a minha alma.

JJorge
Enviado por JJorge em 27/04/2010
Código do texto: T2222552