Nobre e ínfimo.
O sentimento era conhecido, não
havia nada de novo.
Já se conhecia seus movimentos
suas razões, suas manhas e suas
manias.
O que não se conhecia era sua
abnegação e sua intensidade.
Isto sim, era algo realmente novo!
Que belo!
Há que ser claro!
Claro como água destilada!
Tão claro como o brilho do olhar!
Hastear bandeira com o desenho do
mapa fez-se necessário.
Mostrar o sentimento, o homem, suas
pretensões e suas intenções.
O que se pediu era algo nobre e ínfimo.
Mesmo com alarde e transparência não
se conseguiu o resultado esperado.
Ninguém viu o homem.
Quem viu a nobreza do sentimento?
Viu se a carência de um ‘velhinho’!
Foi se condescendente com as atitudes
e peripécias de um adolescente!
Conseguiram ver de tudo, só não
conseguiram enxergar o homem e sua
capacidade de ser nobre e doce.
O que nos leva a agir desta forma?
2010.