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Uma Flor se despede
“Foi assim!
Como um resto de sol no mar
Como a brisa da preamar
Nós chegamos ao fim...”
Escrevo palavras ao vento mas há em meu coração uma esperança vã, eu sei, que saibas que te escrevo, que me leias.Vã porque sei que não lês mais nada do que escrevo, pois a mágoa dos ultimos acontecimentos entre nós te fizeram não querer “nem me ouvir por carta”, por isso escrevo mais para ratificar o que sinto, por necessidade de te imaginar me ouvindo.
Não sei como te chamaria, se estivesses aqui.Talvez, por hábito, Querido, Amor ou ainda usaria o apelido carinhoso da nossa intimidade.Houve um tempo em que nosso amor se alimentou desse carinho, de palavras, de gestos grávidos da poesia viva e líamos nas estrelas, nos fenômenos da natureza o quanto nos queríamos.
O que escrevo agora posso afirmar que é uma despedida. Sem ofensas, sem agressões, sem mesquinharias para revidar a dor da perda, pois isso me fez te perder mais ainda.Estou me despedindo também dos sentimentos que alimentei nos últimos anos. Raiva, rancor, mágoa e também saudade. Desses, apenas a saudade vale a pena guardar.
Errei, erramos. Eu muito mais, pois mimada e voluntariosa não tive a maturidade e o equilíbrio necessário para viver um amor na proporção que me oferecias.Tola, quis sempre dar a última palavra, cansei tua paciencia, desgastei nossa relação, sabotei meu/nosso(?) projeto de felicidade...
Errei em ler promessas quando nada se havia dito, em achar que cena de ciúme assegura a firmeza de uma relação.Errei terrivelmente quando deixei esse mesmo ciúme infernizar-me a vida, quando chantageei com cenas de choro despropositadas, quando a mesquinhez falou mais alto e a vingança virou meta.
Hoje tenho consciência do quanto esse amor adoeceu.Que coisa louca te amar mais do que a mim mesma!Como pude responsabilizar quem quer que fosse pela minha felicidade?Fui egoista e te magoei muito. Me pergunto se, em algum momento, fizeste também algum de tipo de “mea culpa”... Certamente não errei sozinha e, talvez tivesse errado menos se tivesse alguma noção do mal que fazia a mim mesma, agindo assim.
Mas, chega um dia em que, por mais que doa é preciso reconhecer quando não há mais porque lutar, que é hora de depor as armas.Olho para trás e parece que não foi comigo, não foi conosco.Uma sensação de que o que vivemos evaporou, se fez fumaça e, o que é pior, o rastro da tristeza, da mágoa ainda teima em aparecer.Tão bom se pudesse simplesmente me olhar no espelho e dizer :-“Deixou de me amar mas não é o fim do mundo, eu me amo e por hora basta!!
Tivemos o nosso tempo.O tempo do encanto, da paixão, da cumplicidade, do aprendizado da convivencia e aí começamos a nos perder.Definitivamente, não estava preparada para viver um amor, uma paixão sem as regras que eu mesma critiquei, um dia.
Amei muito e ainda amo a lembrança do que fomos enquanto estivemos juntos, na mesma sintonia.Já não doi tanto quanto penso e sinto que estou me curando. Sei que esse “nosso tempo” passou e não tenho motivos para esperar que volte.
Não te aborrecerei mais com minha infantilidade, minha carência, meu amor egoista.Estou me esforçando para me refazer pois devo isso a mim mesma.Quero recomeçar e estou aprendendo a ser feliz, de bem comigo, com minha vida. Sei que é um aprendizado difícil mas sei também que vou conseguir aprender essa e mais outras tantas lições necessárias para aprender a me amar e quem sabe, amar e ser amada na mesma intensidade.
Obrigada por tudo. Aos poucos eu mesma vou me perdoando e isso é um alívio.Imagino que um dia talvez pensemos em nós com a certeza de que o que vivemos foi bom pra nós dois.Que somos felizes e sobrevivemos. Eu conto com isso.
xxxxxxxxxxxxxxx
Ps. Florzinha, se um dia já me comovi com sua dor e tristeza, me emocionei mais ainda com a esperança que li no seu sorriso...Orgulho enorme dessa amiga que renasce...espero que tenha gostado desse meu jeito de “ser você”, de me colocar no seu lugar, um pouquinho... Beijos felizes, Minha Flor!
Edna
Como um resto de sol no mar
Como a brisa da preamar
Nós chegamos ao fim...”
Escrevo palavras ao vento mas há em meu coração uma esperança vã, eu sei, que saibas que te escrevo, que me leias.Vã porque sei que não lês mais nada do que escrevo, pois a mágoa dos ultimos acontecimentos entre nós te fizeram não querer “nem me ouvir por carta”, por isso escrevo mais para ratificar o que sinto, por necessidade de te imaginar me ouvindo.
Não sei como te chamaria, se estivesses aqui.Talvez, por hábito, Querido, Amor ou ainda usaria o apelido carinhoso da nossa intimidade.Houve um tempo em que nosso amor se alimentou desse carinho, de palavras, de gestos grávidos da poesia viva e líamos nas estrelas, nos fenômenos da natureza o quanto nos queríamos.
O que escrevo agora posso afirmar que é uma despedida. Sem ofensas, sem agressões, sem mesquinharias para revidar a dor da perda, pois isso me fez te perder mais ainda.Estou me despedindo também dos sentimentos que alimentei nos últimos anos. Raiva, rancor, mágoa e também saudade. Desses, apenas a saudade vale a pena guardar.
Errei, erramos. Eu muito mais, pois mimada e voluntariosa não tive a maturidade e o equilíbrio necessário para viver um amor na proporção que me oferecias.Tola, quis sempre dar a última palavra, cansei tua paciencia, desgastei nossa relação, sabotei meu/nosso(?) projeto de felicidade...
Errei em ler promessas quando nada se havia dito, em achar que cena de ciúme assegura a firmeza de uma relação.Errei terrivelmente quando deixei esse mesmo ciúme infernizar-me a vida, quando chantageei com cenas de choro despropositadas, quando a mesquinhez falou mais alto e a vingança virou meta.
Hoje tenho consciência do quanto esse amor adoeceu.Que coisa louca te amar mais do que a mim mesma!Como pude responsabilizar quem quer que fosse pela minha felicidade?Fui egoista e te magoei muito. Me pergunto se, em algum momento, fizeste também algum de tipo de “mea culpa”... Certamente não errei sozinha e, talvez tivesse errado menos se tivesse alguma noção do mal que fazia a mim mesma, agindo assim.
Mas, chega um dia em que, por mais que doa é preciso reconhecer quando não há mais porque lutar, que é hora de depor as armas.Olho para trás e parece que não foi comigo, não foi conosco.Uma sensação de que o que vivemos evaporou, se fez fumaça e, o que é pior, o rastro da tristeza, da mágoa ainda teima em aparecer.Tão bom se pudesse simplesmente me olhar no espelho e dizer :-“Deixou de me amar mas não é o fim do mundo, eu me amo e por hora basta!!
Tivemos o nosso tempo.O tempo do encanto, da paixão, da cumplicidade, do aprendizado da convivencia e aí começamos a nos perder.Definitivamente, não estava preparada para viver um amor, uma paixão sem as regras que eu mesma critiquei, um dia.
Amei muito e ainda amo a lembrança do que fomos enquanto estivemos juntos, na mesma sintonia.Já não doi tanto quanto penso e sinto que estou me curando. Sei que esse “nosso tempo” passou e não tenho motivos para esperar que volte.
Não te aborrecerei mais com minha infantilidade, minha carência, meu amor egoista.Estou me esforçando para me refazer pois devo isso a mim mesma.Quero recomeçar e estou aprendendo a ser feliz, de bem comigo, com minha vida. Sei que é um aprendizado difícil mas sei também que vou conseguir aprender essa e mais outras tantas lições necessárias para aprender a me amar e quem sabe, amar e ser amada na mesma intensidade.
Obrigada por tudo. Aos poucos eu mesma vou me perdoando e isso é um alívio.Imagino que um dia talvez pensemos em nós com a certeza de que o que vivemos foi bom pra nós dois.Que somos felizes e sobrevivemos. Eu conto com isso.
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Ps. Florzinha, se um dia já me comovi com sua dor e tristeza, me emocionei mais ainda com a esperança que li no seu sorriso...Orgulho enorme dessa amiga que renasce...espero que tenha gostado desse meu jeito de “ser você”, de me colocar no seu lugar, um pouquinho... Beijos felizes, Minha Flor!
Edna