Madrasta tristeza no teu riso


Meu amor,


O tempo da espera já se esgotou, e a noite já embriagou a estrela solar por detrás das minhas ilusões e paixões. Eu fiz do impossível para custear esses momentos que se perderam, e que me deixaram sem reflexão. Com firmeza não haverá mais volta, apenas comunico a minha decisão.

Espero que me compreendas, e tente abreviar as lembranças de alguém que tanto te amou e bebeu nos teus lábios a sensualidade vestida no mais belo romantismo de outrora. A vida é um jogo, e antes que o alvorecer navegue nos meus olhos, quero presentear a minha alma noutros instantes, sorrindo ou assistindo o colorido do nosso planeta. O amor é dessa forma e se representa na invisibilidade, mas, é no intuito dessas avocações abordadas no cerne da alma que eu vou perlustrando, pois nasci para amar.

Espero que tu encontres o sossego de outro amor, ladeando o côncavo das linhas por onde escrevi o meu nome nos seios amantes. E que esse sentimento seja como uma cordilheira de afeições, acaso não seja, terás no fundo do espelho que devoras com a beleza, a minha real figura. E tudo será o fim dos sorrisos com a madrasta tristeza, a companheira fiel das horas amargas.

Peço-lhe que reflitas e atravesse as avenidas dos momentos com os cuidados que advém dos olhos. Eu serei sempre o mesmo, embora amador, sou o primeiro e único que conciliei as temperaturas de nossos corpos em pleno inverno, disso, jamais esconderás da cartilha do teu coração.

Amo-te por seres uma mulher do meu reino para se namorar, e escrevo para não dizer adeus.

Beijos, e tu seja a alegria das horas nos caminhos que aspiras.


ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 11/04/2010
Reeditado em 30/09/2011
Código do texto: T2190989
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