Muito te  Amei 


Escrevo-te tão somente agora, pois enfim já é hora...o sol se pôs levando o calor, o frio invade-me num sopro e eu aqui querendo falar do amor.

As palavras fogem, as mãos trêmulas, o coração dispara e o suor imerso na pele ressalta ainda o teu perfume. Doces notas de querer!

Busquei fugas para esquecer-te, e não ter mais que pensar em ti, tentei por inúmeras vezes arrancar-te do peito e não mais querer provar dos teus beijos.

Quebrei o espelho, para não mais te ver-te em meus olhos refletido, rasguei os retratos, tentando ocultar os fatos, os momentos, tantos passos!

Briguei comigo, rompi meus laços, desfiz o tempo, excluí os pensamentos, e pra que? Nada adiantou!

De tanto amor, adoeci...pelo avesso que o acompanha. Vi crescer as feridas, sem alento, me enganado em frágil sentimento.

(Re)pintei cada tela da minha vida com cores que não te pertencesse, moldei o barro pelos afagos que busquei e que jamais encontrei.

Fui tão tua, tão inteira...e hoje nada tens...nem eu , nem ninguém!
Se tornou escravo do seu jogo, das suas próprias ilusões...
És apenas refém das suas falsas paixões.

Me compadeço de sua sina e desejo que se liberte de suas mentiras vividas e ganhe asas para conhecer a verdade da vida

De quem muito lhe amou

                                                Dama

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 01/04/2010
Código do texto: T2171493
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