Alma em paz.

Foi dormir, pensando em escrever.

Pensava em todas as rotinas, pensava na vida, ela pensava toda hora que precisava viver e decidir.

Encontrar de verdade, a verdadeira poção da vida.

Nunca quis coisas, e coisas, queria ser amada, viver uma vida simples, sem coisas para complica-la.

Tem dias que crê na realidade da fantasia.

Na verdade da hipocrisia.

Na dureza da sociedade.

Não crê nem um pouco na suas verdades, cria outras, vê outras, imagina-se fora dessa arredoma.

Não quer ela nada, simplesmente nada mais do que encontrar a verdade dentro de si.

Ela mostra-se, ignora-se.

Não tem como entender tudo, ela tenta entender a si mesma.

Sabe-se lá, se ela se vê.

Se nem mesmo quando olha-se no espelho, se enxerga.

Disse-me um dia, aquele rosto machucado, magoado, chateado, as lágrimas rolavam, uma colada a outra, com dor, com amargura, com tamanha tristeza que chega doía aqui em mim.

- Meu Deus, por que choro assim, que dor é essa que não cessa?

- Que amor é esse que não me enxerga?

- Que dias são esses que demoram a passar, e passam tão pesadamente tristes?

Vendo tamanha amargura, logo me apressei a dizer-lhe, querida menina, deixe as lágrimas rolarem, elas são vida viva em você, elas lhe dão poder de mostrar quão linda é a tua alma.

Querida mulher, quem não te enxerga, não te merece.

Você é o fruto, da linda árvore, que floresce com as mais belas frutas, e flores, as mais perfumadas e sedosas.

Ficas tranquila, Deus te vê, ele te guia, e cuida de ti, confias nele, nunca estarás desamparada.

Muito se passa nessa vida, és amada.

Tens o amor em ti não esqueças.

Olhos ao vento, ouvidos atentos, ela entendeu, e compreendeu cada palavra, olhou-se novamente no espelho, ergueu a cabeça e disse a si mesma:

- Sim eu sou capaz de ter minha alma em paz.

E se você não me vê, não é capaz, e meu amor não mereces jamais!

Manu Rocha
Enviado por Manu Rocha em 29/03/2010
Reeditado em 06/05/2014
Código do texto: T2165499
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