Querida C.

Estou a imaginar tuas amigas a contarem-te coisas fantásticas: que sou um malandro, que entro no café divertidíssimo, que dancei, o fim do mundo…
Pois é verdade, estive ontem aí, embora apenas duas horas.
Fiquei muito arreliado por não te encontrar. Com isso é que eu não contava.
Ainda passei algumas vezes a tua porta, mas a única pessoa que consegui ver foi teu tio.
Já é azar!
Eu não te avisei foi porque não tencionava ir. À última hora, porém, uma coisa urgente fez-me partir.
Estava absolutamente convencido que te encontrava. Arreliado vim para aqui no comboio da noite.
Se te tivesse encontrado tinha ficado. Disse ao José N. para falar contigo. Depois explico-te melhor toda esta trapalhada. É preciso que convenças teu mano a ir ao jantar a Maricá.
Lá é que nós podemos estar um pouco mais à vontade.
Se não tenho ido aí mais vezes é porque o serviço tem apertado.
Estou aqui sozinho: meu irmão está no Rio.
Até sábado.

Beija-te muito e muito o
Antonio
ANTONIO JORGE
Enviado por ANTONIO JORGE em 28/03/2010
Código do texto: T2163906
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