Carta ao papai do céu...
(De um Filho de Alcoólatra)
(De um Filho de Alcoólatra)
Papai do céu, de joelhos venho te pedir para que me acompanhes na minha caminhada, peço-te também que interceda por meus pais. Semana passada eu os vi brigando, já estava em meu quarto quase dormindo quando eles começaram a brigar, desci as escadas para ver o que estava acontecendo e no exato momento vi meu pai agredindo a minha mãe, lembro-me que ela chegou a cair no chão, desacordada. Senti muito medo, pensei que a mamãe estivesse morta, comecei a chorar e sai correndo para pedir ajuda, consegui destrancar a porta e chamei nosso vizinho, minha mãe saiu naquela noite numa ambulância, meu pai fugiu totalmente alcoolizado, apareceu depois de dois dias. A propósito Papai do céu, o senhor poderia tirar aquelas cenas da minha cabeça? É que eu tenho pesadelo todas às noites!
Aparentemente tudo está indo bem, mais sei que não será por muito tempo, meu pai não consegue largar o vício, acho que a bebida para ele é mais importante do que eu, ficou triste por meu pai me colocar em segundo plano na sua vida, mais é a escolha dele... Quando eu for um adulto não quero ser como meu pai, ele sempre me envergonhou na frente dos outros, quero que ele saiba disso (Chorando!), o quanto eu sinto vergonha dele, o quanto eu não quero ser comparado a ele. Quando eu passeava com meu pai sentia muito orgulho no peito, quando ele me levava a porta da escola me sentia o filho mais amado de todos, hoje isso não existe mais, a bebida é a mais nova filha dele... Sabe papai do céu, só queria que meu pai voltasse a ser como antes, aquele que me abraçava quando chegava em casa, aquele que me incluía em tudo o que ele fazia, como uma simples caminhada até a padaria... Agora o único lugar onde encontro meu pai é num bar ou quando esta em casa na companhia da família, é sempre agressivo e distante. Às vezes sinto vontade de pular no pescoço dele e gritar: Devolve meu Pai... Devolve meu herói...
*Carta escrita por uma criança de 7 anos
Aparentemente tudo está indo bem, mais sei que não será por muito tempo, meu pai não consegue largar o vício, acho que a bebida para ele é mais importante do que eu, ficou triste por meu pai me colocar em segundo plano na sua vida, mais é a escolha dele... Quando eu for um adulto não quero ser como meu pai, ele sempre me envergonhou na frente dos outros, quero que ele saiba disso (Chorando!), o quanto eu sinto vergonha dele, o quanto eu não quero ser comparado a ele. Quando eu passeava com meu pai sentia muito orgulho no peito, quando ele me levava a porta da escola me sentia o filho mais amado de todos, hoje isso não existe mais, a bebida é a mais nova filha dele... Sabe papai do céu, só queria que meu pai voltasse a ser como antes, aquele que me abraçava quando chegava em casa, aquele que me incluía em tudo o que ele fazia, como uma simples caminhada até a padaria... Agora o único lugar onde encontro meu pai é num bar ou quando esta em casa na companhia da família, é sempre agressivo e distante. Às vezes sinto vontade de pular no pescoço dele e gritar: Devolve meu Pai... Devolve meu herói...
*Carta escrita por uma criança de 7 anos