Olhos de Azeviche.


Penso em você e logo me vem um cheiro de mato verde às narinas... você tem o frescor de uma floresta tropical, cujas árvores frondosas acabam de ser regadas pela chuva fria e gostosa que traz a vida. Seus olhos negros e penetrantes me lembram os velhos ciganos, com suas roupas coloridas, dançando à volta da fogueira e festejando o amor sem limites... teus olhos, tão negros e tão fúlgidos, de um brilho que chega a causar inveja às estrelas. Esses olhos me fitam demoradamente, penetrando no mais profundo da minha alma, aonde te mostro tudo o que me vai no pensamento... é sim... lês meus pensamentos que só a ti têm pertencido há algum tempo. E meus pensamentos te desejam com uma fome secular, um desejo que atravessou gerações, eras, vidas...

Você é o melhor ópio que meu corpo já provou... quero embriagar-me de ti, beber teu absyntho, inebriar-me de ti... teu beijo é alucinógeno e me faz viajar para mundos jamais visitados... não! Não me traga de volta! Vem comigo, e vamos explorar cada recôndito desse novo universo. Quero provar cada um dos teus aromas... cravo, canela, almíscar... tua fragrância é inimitável, e meu corpo está deliciosamente impregnado de ti. Na mistura das nossas essências, surge a mais deliciosa delas, fruto da mistura das maiores forças da natureza... sol, lua, mar, montanhas, florestas e campinas... somos a Natureza viva!

E esses teus olhos... olhos de cigano... olhos repletos de magia e sensualidade... teus olhos me causam sensações jamais imaginadas, quando me fitas como um lobo faminto prestes a arrebatar sua presa... é... você é meu lobo cigano dos olhos de azeviche. Me deixa mergulhar no lago profundo dos teus olhos... para talvez não mais voltar!

10/08/2006
Akasha De Lioncourt
Enviado por Akasha De Lioncourt em 11/08/2006
Reeditado em 11/08/2006
Código do texto: T213745
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