Silencioso.

Vou ficar quieto no meu canto;

Não à espera, pois não há tempo.

Não farei questionamentos, pois as

respostas não existem ou são muitas.

Vou fazer silêncio, pois a surdez

tornou-se uma epidemia.

Não vou tentar justificar-me, pois

a justiça não caminha sem bengala.

Talvez sangre um pouco enquanto

espero, as feridas estão expostas.

Enquanto espero, vou aproveitar o

tempo e imaginar como seria se

fosse diferente.

Vou sonhar com nossas brigas

alternando com momentos felizes.

Vou sonhar escassez e abundancia.

Vou ficar assim até sair de mim e

cair no abandono de coisas e

pessoas.

Vou ficar amargo, sem querer

chorar ou sorrir, talvez até sorria

de mim mesmo, quando alguém

me falar de coisas semelhantes.

Vou ficar sem ter quem quero, mas

sempre vou crer que se pode amar.

Amar é muito bom, saber amar é o

máximo!

2009.

Paulinho de Cristo
Enviado por Paulinho de Cristo em 27/02/2010
Reeditado em 03/04/2011
Código do texto: T2109827
Classificação de conteúdo: seguro