Reflexões.
Olho pra mim e me pergunto quem sou.
Não tenho respostas!
As terei, um dia?
Alguém conhece a si mesmo?
Ou a outrem?
Recordo-me, apenas, de minhas poucas
experiências e de como as vivenciei.
Não desenvolvi teorias, não resolvi cálculos
matemáticos ou criei fórmulas miraculosas.
No campo afetivo feri e fui ferido, mas jamais
tentei dar direção a vida de alguém;
Como não o fiz com a minha.
Não me submeti a grilhões, mordaças ou vendas.
Com passos firmes caminhei na direção de amigos
e/ou amores;
Dizendo o que sentia e olhando nos olhos de quem
estava à minha frente.
Hoje tenho por companheira a minha solidão;
Não saberia dizer se por opção ou erros praticados.
Pode até ser que as duas questões estejam
interligadas.
Não há dor, mágoas, arrependimentos ou queixas.
Em meio a todas estas reflexões só me faço uma
pergunta:
Haverá alguém à minha espera no final da estrada?
Não sei!
É só uma indagação e não uma preocupação!
Não trapacearei ou pedirei a alguém para estar lá;
Se houver alguém, não será por piedade ou obrigação,
mas por direito adquirido e méritos próprios.
Não me encastelarei ou cavarei buracos que me
venham dar proteção.
Vou continuar exposto, de forma direta, à radiação
afetiva e suas consequências.
2010.