Reflexões.

Olho pra mim e me pergunto quem sou.

Não tenho respostas!

As terei, um dia?

Alguém conhece a si mesmo?

Ou a outrem?

Recordo-me, apenas, de minhas poucas

experiências e de como as vivenciei.

Não desenvolvi teorias, não resolvi cálculos

matemáticos ou criei fórmulas miraculosas.

No campo afetivo feri e fui ferido, mas jamais

tentei dar direção a vida de alguém;

Como não o fiz com a minha.

Não me submeti a grilhões, mordaças ou vendas.

Com passos firmes caminhei na direção de amigos

e/ou amores;

Dizendo o que sentia e olhando nos olhos de quem

estava à minha frente.

Hoje tenho por companheira a minha solidão;

Não saberia dizer se por opção ou erros praticados.

Pode até ser que as duas questões estejam

interligadas.

Não há dor, mágoas, arrependimentos ou queixas.

Em meio a todas estas reflexões só me faço uma

pergunta:

Haverá alguém à minha espera no final da estrada?

Não sei!

É só uma indagação e não uma preocupação!

Não trapacearei ou pedirei a alguém para estar lá;

Se houver alguém, não será por piedade ou obrigação,

mas por direito adquirido e méritos próprios.

Não me encastelarei ou cavarei buracos que me

venham dar proteção.

Vou continuar exposto, de forma direta, à radiação

afetiva e suas consequências.

2010.

Paulinho de Cristo
Enviado por Paulinho de Cristo em 26/02/2010
Reeditado em 01/04/2011
Código do texto: T2108259
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