Palavras de uma moça desesperada
Sabe papel, não me importa quem vai ler você... a unica coisa que me importa é escrever.
Fico me perguntando para que? Para que comer se penso apenas em morrer? Beber para que se não vejo mais sentido em viver?
Antes de minha alma se esvair recendia á algodão doce... agora tem cheiro de solidão com sabor de limão azedo.
Ah desgraça.... desgraçada serei eu ou a vida? Talvez nós duas ou nenhuma, tudo pode ser um mero acaso do destino rindo alucinado da minha cara de tola por ter acreditado que tudo podia ser diferente, podia para os outros, para mim... hum... nem em sonhos é diferente.
Quem vai ter coragem de ler você quando eu me for? Não sei, quem sabe ninguém ou até mesmo alguém que se importe comigo... mas como se nem eu mesma consigo fazer isso?
Dias e noites, noites e dias... tão iguais que chegam a ser imorais... praticamente um atentado ao viver... que faço eu sem VÔCE?
Se são apenas palavras jogadas ao vento, não sei dizer... sei apenas que não sinto mais nada... uma parede tem mais sentimentos, pensamentos e emoções que eu.
Sei lá de que adianta... você sabe? Nem eu.
Perdi meu Romeu... a alma da Julieta, morreu.
*** Carta ficticia, feita para a personagem do conto Beleza Perfeita, deixada por ela em um papel rosa e perfumado ***