AMOR NO CARNAVAL

Estava Pensando no que fazer no carnaval. Considerando nossa atual situação financeira, acho que seria melhor ficarmos o máximo de tempo em sua casa, descansando e fazendo sexo. A gente vai economizar um bocado. No máximo uns reais para o Vasoviril (Viagra de pobre) que é pra ajudar no esforço, considerando sua idade, peso e apetite sexual em relação ao meu peso, idade e firmeza de propósito (firme até que fica o problema é o tempo de permanência). É lógico que tem a santa pessoa da sua mãe e o simpático do seu pai. Quanto ao velho tudo bem, tenho umas cachaças guardadas, levo de presente pra ele, é capaz do velho me arrumar uns preservativos de presente. O grande problema é minha querida sogra. Não sei da onde ela tirou que eu sou parecido com aquele personagem da Grande família, o motorista de táxi, interpretado pelo ator Pedro Cardoso, mania dela pegar no meu pé. Eu só não lavo a louça nem ajudo na arrumação que eu não sou intrometido, você me conhece e sabe muito bem que eu não sou preguiçoso, e tem também o meu problema de coluna, e aquelas tonteiras que os médicos não conseguem descobrir a causa. Lembra quando eu ajudei a fazer pipoca no microondas? Ninguém me elogiou, eu só agüento tanta injustiça porque te amo muito. Lembra daquela pulseira de ouro que você herdou da sua vó, o coisa feia né? Sei que você nunca vai usá-la, você mesmo me disse, que tal a gente vender? Tenho até quem compre, ai sim, vou poder te levar naquele bloco lá em Ipanema, com direito a barzinho e tudo, por minha conta é claro. Deixa lá na portaria do meu prédio, já falei com o Zé Muamba, ela compra e paga em dinheiro, na hora. Vou tirar uma parte pra colocar na nossa poupança (alguém tem que pensar no futuro nessa relação), o resto a gente gasta fazendo a festa no carnaval, que eu não sou homem de ficar olhando o preço das coisas.

Te amo muito minha linda.

Ps. Vou deixar também algumas roupas sujas minhas pra tua mãe lavar, ok? Adoro minha sogra, você sabe né?