Como vai, amor?
Por onde andaste enquanto a noite caia,
e por aqui nada mais se ouvia, além do ruído da solidão?
Será que dormias e por isso não ouviu o som da porta batendo
e nem os latidos do cão?
E eu, que ouvi o assovio de um homem, fiquei feliz por um instante,
acreditando no palpite certeiro...
tropecei nas nuvens dos sonhos, pois era na casa ao lado,
o assovio do carteiro.
Tens te alimentado, amor?
Poesia alimenta apenas a alma, viu?
Lembra-te sempre dos conselhos que eu te dava,
e que quando comigo estavas, não tinhas fome nem frio?
Agora me despeço com um beijo e te cuides bem direitinho,
lembra-te que a jornada é longa e que é comprido o caminho.
Até um dia...(amanhã quem sabe?)
Sempre tua.