A chave da felicidade

Há um algum tempo, uma amiga disse-me uma frase que guardo-a até hoje: "meu maior medo, não é do que os outros possam fazer comigo, mas de mim mesma".

À época, tive dificuldade de compreeender...

Hoje, analisando-me e refletindo sobre a minha forma de lidar com a vida e a das pessoas com as convivo, percebo que esta frase está carregada de profunda sabedoria.

Todos nós buscamos a felicidade por caminhos os mais diversos possíveis. No entanto, há tipos de comportamentos que inviabilizam completamente a possibilidade de ser feliz.

O primeiro, denomino de padrão egoísta: nele se inserem aquelas pessoas que se focam em seus problemas, ampliando-os de tal modo, que as tornam incapazes de encontrar solução; criam-se bolas de neve de dor, de angústia, tristeza... Com isto, deixam de perceber as oportunidades de crescimento que o cotidiano proporciona. Aprisionam-se na dor.

O segundo, demonino de padrão de vítima: para esses, tudo e todas as pessoas são responsáveis pelos seus sofrimentos. Entram em um emaranhado de vitimização que esquecem que são protagonista de suas vidas. Delegam aos outros a sua capacidade de ser ou ser feliz. E como para cada vítima existe, pelo menos, um algoz ele/a é sempre o/a responsável. Amargurados, delegam sua liberdade a/o seu/sua algoz.

O terceiro, demonino de comportamento insaciável: por mais que façam, que recebam da vida, nunca estão satisfeitos. A cada conquista, sentem que falta algo, que poderiam ter feito melhor, ter conseguido mais... Como sempre poderia ser melhor, não há o que comemorar e, quando comemoram, a insaciedade é tamanha que rapidamente esquecem o que conquistaram, porque já sentem falta de algo... (Excluem-se deste padrão as pessoas proativas que perseguem seus objetivos e, ao realizá-los sentem-se felizes, celebram, sentem-se satisfeitas e, ao estabelecem novas metas as fazem dentro de seus limites e possibilidades).

O quatro, na falta de um termo mais adequado, conceituo padrão retrovisor: ficam olhando para o passado: intercalam lembranças de sofrimentos vividos, com saudade da felicidade de outrora. O presente, é algo extremamente doloroso, marcado pelas dores sentidas e/ou pela ausência da felicidade vivida.

Há ainda, muitos outros, mas vou me deter a estes.

Retomando a frase de minha amiga: "meu maior medo, não é do que os outros possam fazer comigo, mas de mim mesma".

São os outros que nos formatam assim (apropriando-me de um termo da informática) ou somos nós que deixamos que os/as outros/as determinem o nosso comportamento?

Acho que o Criador foi sábio demais quando nos deu livre arbítrio e, isto implica em fazer escolhas; em transmutar dores em aprendizados; fracassos em oportunidades de superação; protagonizar a existência ou ser mero coadjuvante; superar limitações ou ficar comtemplando-as; agradecer cada conquista ou queixar-se de que poderia ser melhor.

Por isto, creio que somos sempre chamados a parar e realivar que rumo estamos dando as nossas vidas e que tipo de escolhas estamos fazendo.

Para concluir, peço permissão a Osho para usar um cometário seu: sua mãe, muito enferma, sentindo dores intensas, foi perguntada pelo médico, como estava. Ela respondeu: estou bem. O médico surpreso perguntou: mas, como pode estar bem, sentindo tantas dores?. Ao que ela prontamente respondeu: O senhor perguntou como eu estava e não, se sentia dores. Eu, estou bem.

Caro/a leitor/a: vivi um pouco de cada um destes padrões, então, estou falando de mim também. A diferença é que escolhi ser feliz e, mesmo quando sinto dores (físicas ou emocionais) por mais difíciéisl que sejam, escolho estar bem, assim como, a mãe de Osho. É fácil? Não, é um exercício e, é por meio dele que venho encontrando a paz para lidar com as dores e as delícias que, cotidianamente, a vida nos presenteia.

E isto me faz sentir Paz!

Paz e Luz prá você!

Lua Dourada
Enviado por Lua Dourada em 09/02/2010
Reeditado em 28/02/2010
Código do texto: T2077064
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