CARTA DO AMIGO RAIMUNDO NONATO
Belém, 25 de janeiro de 1973.
Prezado Sr. Roberto:-
Rejubilo-me, ao mesmo tempo em que lanço daqui o meu estímulo e calor humano, pela vitória atingida com seu ingresso na Universidade Católica de Pernambuco.
Ainda que tenha participado poucos meses de sua convivência, posso aquilatar o alto grau de sua liderança inata, bem como de sua capacidade intelectual, para vaticinar que muito em breve a “Britânnica” lucrará ainda mais com este passo gigantesco dado por você, haja visto não haver limite de capacidade em termos de realização, para você que está preparado intelectualmente e busca o aperfeiçoamento técnico cada vez mais. Parabéns, Roberto (permita-me tratá-lo assim). É isso aí! ...
Ao ensejo, devo agradecer, como bom paraense, a sua crônica inserida no “Capibaribe”, sobre minha Belém Morena. O “Capibaribe” é “devorado” quando aqui chega. Ele reflete um pouco daquela simplicidade contagiante que lhe é peculiar e que cativa aqueles que consigo conviveram ou convivem.
Quanto à conquista da Taça Sesquicentenário serve para ratificar uma frase sua, quando de sua ida para o Recife. Diz assim:- “Os ensinamentos de um líder são conhecidos não só na sua presença, mas mui principalmente na sua ausência”. E aí está a Taça Sesquicentenário na Filial de Belém do Pará.
Agora, a bem da verdade, devo dizer-lhe que se comenta por aqui que a Taça chegou no Pará e “parou”. A perseguição aos 100% de produção continua aqui também. A linha de frente (Santiago e cobradores) está mais motivada do que nunca.
Finalizando, minhas recomendações à sua esposa e filhos. Do amigo,
RAIMUNDO NONATO ALVES
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