Ano Novo: sem promessas
É 31 de novo, e perdida em meus sentimentos desta data procuro um olhar benevolente para o que foi. Tento bons pensamentos, bons presságios: enfim nesse novo ano uma boa saga?! A faca à ordenar felicidade me cansa. Proponho-me a simplicidade de acordar, mais um ano novo, e o suspiro de que passada a noite, haverá mais um dia. Esforço-me, mas, os sentimentos da passagem do ano não me chegam! Não me tomam. Deveria entrar no clima, liberar intensos desejos e boas crenças, mas represo. Nada me corteja nesse momento, nem os votos, nem os jogos, nem os artifícios. Então, resolvo que sem promessas é melhor!
Nessa noite,
De branco estarei
E de paz cobrirei
A austeridade.
Nada exigirei,
Nem prometerei ou esperarei.
Pois que a vida
é senão,
rota, rumo, vento...
e alguma surpresa.
Entrarei devagar,
Curvada e tropega,
Mas mais uma vez
Entrarei, entraremos
Para os fatos,
Para as demandas,
E quiçá, e com sorte,
Para os sonhos! Para um Feliz Ano Novo!