Tertúlias de amor.

Querida... a paz esteja contigo!

Hoje, ao abrir os olhos aos primeiros clarões da luz mirífica que adentrava o túmido quarto em que descansara meu corpo, tive a nítida impressão de que tudo mudara; Sim, já não era eu o mesmo...

Sem titubear, lentamente, caminhei de pés descalços rumo à entrada principal de meu lar e pude observar que mimosas rosas, adornavam o pávido solo, em um divino lençol de pétalas caídas, e nada obstante, acendiam aromas sentidos em eflúvios de amor sublime - Emocionei-me!

Reparei, que mimosas aves, teciam maviosas canções de amor e paz, a vibrar no mesmo diapasão dos cantos religiosos dos anjos dos céus!

Também pude ver, que humílimos insetos, operavam lídimos acertos à engrandecer e garantir a própria subsistência!

Inda uma vez, com o seio fumegante, aberto, descompassado pelo sentimento vivo que soava em minh´alma - fitei o céu em seu azul celeste, borrado pela palidez das nuvens faceiras; E sobre toda visão que me orvalhava os olhos em copioso chorar, pairava o Astro-Rei...

Sim, jamais havia reparado em toda beleza que trazes, (mesmo narrada em parcela diminuta e débil, segundo meu perfídio prisma da existência), antes de conhecer-te as graças.

Que é o homem, senão membro atuante da família Universal?

Que são os sonhos, senão desejos de liberdade que adejam o coração das criaturas?

Sim, jamais pensei que pudesse um dia, reconhecer-te assim, doravante, não mais amaldiçoar-te-ei... Hoje vejo que tudo se completa no Divino concerto de Deus; Que em ti habitamos, pois, que igualmente habita em nós o teu impulso sagrado - Vida!

Palavra imortal por si só, que no encadeamento celeste nos faz irmãos, ao passo, que em reunidos na Terra, no Céu, ou em qualquer lugar no templo do invisível, estaremos sempre em Tertúlias de Amor!

Basta querermos...

Vale!