A Você Meu Amor...
Como muda o tempo qualquer sentimento... Cura qualquer mal-estar,e minhas feridas todas expostas, ao tempo, a cura, expostas em mim... Doces cicatrizes, marcas em meu corpo, sempre em meu corpo. Já não há lugar em minha alma para sequer uma cicatriz a mais... e todas, todas causadas por você! Felicidade a tua então, causador de minhas noites em claro. Causador dos meus textos, óh!, que felicidade a tua!
Não, não mais espero ver-te pecar. Não meu amor, não é errado pecar, há não ser quando faz outrem sangrar. Ah sim! Eu sangrei por dentro. Me desculpe se você não consegue ver, me desculpe se calei, mas é que você nunca gostou de ouvir desculpas.
Mas eu estou indo agora, há um lugar mais calmo, onde posso não ouvir teu chamar, onde minhas vontades são prioridades...
É sim! Estou morando dentro de mim... Estou aprendendo a esquecer tudo o que sobrou. Vomitando tudo que reside em mim, você! Não podes ir embora. Você não pode ir por aquela porta afora, sem ter que voltar. É o teu eterno endereço, meu coração. (eu creio nisso, tenho que crer)
E se lembro? Sim, eu lembro. Das muitas vezes em que fui traída, em que senti nojo ao te beijar, das inúmeras vezes em que não pude chorar, e das que quis voar... para bem longe, longe o suficiente de você!
Ah, sim! Tive medo, temi que esta hora chegasse. Temo por agora. Porque quis você perto de mim, mesmo não por aguentar, mas por necessitar. E temo muito mais conseguir seguir sem você... acho que é possível.
Não quero ser mais uma mentirosa, amor. Não quero ter que fingir não amar. Guardar tudo o que sinto dentro de mim, é um martírio. É sufocante, demasiadamente sufocante.
Te necessito, te quero... Não mais esperar em vão. Posso voar até você? Posso fazer canções e textos, posso qualquer coisa, mas...
Aquela foi a nossa última dança?! Eu sempre temi. Eu não quero que termine assim, o que por medo você não deixou começar. Esta foi a nossa última chance?!