Ao meu amigo cogumelo
Confesso que nunca fui muito fã de cogumelos. O sabor não é lá, muito agradável... Mas sempre achei fascinante sua apresentação. Como nasciam em lugares tão desolados e mesmo sem intenção chamavam a atenção com suas cores.
Quando achei Psilocybe, ou fui achada, (não lembro bem...) e as memórias são vaidades... A desagrádavel sensação causada por sua essência (ingerida crua e desapercebidamente) me desnortearam.
Não sei se é princípio de toda Dona, mas o que não entendo, por vezes me fascina. E resta sempre aquela pitada de vaidade feminina de achar que entende bem os cogumelos.
Foi assim que, como criança travessa passei a tentar desvendar as peculiaridades deste tão estranho fungo.
Mas, por já estar meio drogada (foi um processo homeopático), não consigo (se um dia cheguei perto) distinguir suas idiocrasias...
Também não quero mais! Ponho bico, bato o pé e entro em processo de reabilitação. Me desintoxico de de "belladona" e "psilocybe". A mistura foi forte para meu ego e minha razão.
Não gosto da sensação de perder-me e sentir-me incerta, confusa. Gosto muito menos de estar a mercê de efeitos psicodélicos para alegrar-me... Meu humor é estranho, já disseram... e passo a desconfiar que isso tenha feito-me gostar e detestar psilocybe.
Advertências para incauutos:
1. Aprecie psilocybe, mas não tente entender.
2. Se possível misture com muita água pois o efeito é forte e decerto causa dependência!
3. Ignorem a aparência (mas não ignorem a essência!).