Meu conselheiro

Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 2010.

Como vai meu conselheiro? Eu aqui na terra vou levando como posso; Não sei até onde irei. Sinto umas pontadas no peito, algumas vertigens estranhas e fico inchada. Minha mãe ao que me parece está começando a se conformar. Ainda bate a depressão e definha sem querer. Então nos unimos numa força só. Esses dias fiquei entregue no barracão pois havia três pessoas para darem obrigação. Nossa senhora! Fico horrorizada de ver como as pessoas são ruins. Imagina você, uma delas já então feita na casa... Desapareceu após a quebra do quelê. Nos envolveu em fofocas como é natural no nosso meio infelizmente. Há pouco curou de um cancer no intestino e fez um monte de desfeitas e maucriação dentro do recinto qual estavam recolhidas. E me pe pergunto. Devemos mesmo perdoar as pessoas? O que ganhamos com isso?

Um dos iniciados há pouco recebeu o decá apareceu lá para infernizar os outros que estavam quietos trabalhando a ponto de minha mãe no dia seguinte, parar no hospital. Soro, nebulização e por ai vai. Sei que algumas pessoas não irão entender o porque estou lhe contando isso? Nessa etapa da minha vida é o que menos importa. Se fosse contar nos mínimos detalhes tudo que passei daria um livro com título e tudo chamado "Um rosto Transbordado de Lágrimas" típico dramalhão mexicano. He... He... He...

Ah meu conselheiro, não sabe como torci para que os novos exames que minha mãe fez no HCE dessem o contrário. Queria ouvir dizer que tudo não passava de um imenso engano. Mas, não foi assim, e matei um maço de cigarro. Estou acabando comigo lentamente. Tem horas que sinto vontade de beber todas até apagar por uns três dias. Podia ser assim, a gente morria o tempo que a gente quizesse depois, voltavamos. Eu não ia voltar nunca mais lógico. Agora pintou um carinha na minha vida. È casado para variar e eu estou aproveitando. Também, sou filha de Deus e estou bastante precisada. Mas, sabe uma coisa! Eu queria mesmo era me casar de véu e grinalda. E a vida ainda me deu essa sorte. Ser amante. Olha só que sina triste a minha. Ergh!

Dyanne
Enviado por Dyanne em 25/01/2010
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