Confissão
Surpresa: mãe, não sei que chegarás amanhã, às 16h. Não sei! 30/4/2009
Pensei que me não faria diferença alguma
Ou que não causaria sequer ânimo ao revê-la.
Mas estava errado.
E errei mais ainda porque me entreguei,
Pensando que indiferente seria, ao tédio da espera.
Mas esse tédio nem tédio era.
Em verdade, era ansiedade travestida em algo disfarçado.
Tentei dissimular, tentei enganar-me a mim mesmo,
Mas o coração falou mais alto, o amor me denunciou a mim próprio.
A aproximação da tua chegada, que seria de surpresa,
Fez-me derreter o iceberg da disfarçatez e ser devorado
Pelo fogo da constatação de que nunca conseguirei ser
Indiferente a qualquer assunto do qual a senhora, oh minha mãe querida, seja tema.
Do coração me veio o alerta:
Prepara-te a ti todo porque o teu amor eterno está chegando.
É a tua mãe, tua alma, tua conexão com o divino, com o infinito;
tua vida que se aproxima vívida!