Querido Ano Novo,
Espero que, pelo menos, ao longo do mês de janeiro, você possa receber as cartas e pedidos que lhe são endereçados. Afinal, a partir de que mês o ano novo não é mais assim denominado? Esta questão está diretamente ligada ao motivo da minha carta.
Vou ser direta e objetiva. Venho lhe propor que se mantenha novo até o final do ano. Sim, que quando dezembro chegar eu possa dizer com gosto: - Estes são os últimos dias do ano novo. E assim, que eu tenha a experiência de ter vivido um ano inteirinho novo. Do princípio ao fim.
Não é só isto!
Que a cada novo dia eu possa ver uma realidade diferente; que os véus que obscurecem minha visão e os pensamentos viciados que limitam minha percepção sejam definitivamente descartados.
Que os sentimentos distorcidos e as crenças defasadas que bloqueiam vivências mais expansivas, venham à luz da consciência para serem transformados.
Que eu encontre novas formas de caminhar e crie novos caminhos; que ouse novas possibilidades de expressar quem sou.
Que eu possa ter novos encontros com novos e velhos conhecidos; que eu possa conhecer novos lugares, novos trajetos e ter novos olhos para percorrer os antigos.
Que eu possa me fazer novas perguntas e perguntar novamente o que ainda é preciso.
Que eu possa ver mais beleza em cada ser e em cada coisa; que eu possa criar mais paz, dentro e fora de mim mesma.
Você pode me perguntar: - e eu com isto? Então, eu lhe respondo: - você tem tudo a ver com isto. Afinal, você é o portador do novo espírito que acabou de encarnar: o espírito de 2010! Cada um de nós faz a sua parte. Eu sei qual é a demanda da minha alma e estou receptiva. Você mantém seu espírito renovado a cada dia.
Combinado?
Acredito que serei atendida. Sei que não peço nenhum absurdo e que não lhe custa fazer o que lhe cabe. Não deixe que seu espírito novo se acomode, se amofine e se encolha. Alimente-o e deixe-o livre para crescer e trazer renovação a cada ser deste planeta.
Um grande abraço,