Pnsando em você

Rio de janeiro, 03/01/2010.

Querido amigo, nem lhe conto como tem sido minha vida ultimamente. Olha, ás vezes, chego a pensar que vou malucar de vez. Não sei se é bom termos muitos irmãos ou se é melhor sermos único. Minha mãe como lhe confidênciei está acamada. E mesmo assim, parece que os problemas não dão trégua.

Com a chegada dessa última pancada de chuva, a casa de minha irmã caçula encheu duas vezes seguida, sem condições deles continuarem morando lá. Vieram todos parar na minha casa. Meu banheiro ficou imundo, minha sala uma nojeira e a cozinha então... A própria visão do inferno. De quebra, ainda trouxeram o cachorrinho deles que mijava aqui e cagava acolá. Meus panos de chão viraram lixo. Nunca senti tanto nojo de lavar pano de chão como agora, nos últimos tempos.

Minha mãe, afetada pela doença do mundo, não tem mais vontade de nada. Resolveu se preocupar com todo mundo e o tempo todo fala em doenças e chama pela morte. E como de hábito, quem devia poupá-la dos aborrecimentos, resolve ligar no meio da noite, para falar de brigas entre dois homens que voou prato na cara e acordou a rua inteira. Me sinto bastante debilitada, já não encontro repertório para dar forças a mais ninguém. E tem mais, quando penso que vou tirar um cochilo gostoso da tarde; depois de ter ficado na cozinha o dia inteiro, lavando roupa lá fora. Acordo com ela xingando, reclamando espraguejando.

Ai de mim se não fosse esse espaço para me desabafar dividindo com você um pouco de tanto sofrimento. Todo esses emaranhados de problemas, me abalou também, a saúde. Tenho que me tratar com urgência. `E que na verdade, perdi a fé que por muito tempo me movia aqui no plano terreno. E ainda escutei meu sobrinho dizer que não iria comigo a canto nenhum. Sabe, ele deve ter razão. Talvez eu seja má e não sei disso. Porque acho que minha mãe dispensa dinheiro á toa. Quando penso que devíamos ter uma reserva. Por outro ldado, quando meu irmão pega o cartão dela e vai no banco, meu coração dispara. Dessa vez tinhamos uma importância que nos ajudariamos caso viermos a sobreviver no carnaval. Pois bem, não sobrou quase nada na conta. Tudo isso me deixa agoniada. Minha mãe faz planos para ela e não conclui nenhum. Surgiu um convite para visitarmos Rio das ostras. Espero que de tudo certo, Para que eu possa destribuir esse imenso peso sobrecarregado em minha fronte. Quero lhe trazer boas novas como lhe prometi no lugar em que mora cheio de jardins naturais. Beijos e até a próxima.

Dynah Monteiro da Costa.

Dyanne
Enviado por Dyanne em 03/01/2010
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